Diário Nepal Katmandu - Manaslu/Everest

A saída

22 de agosto de 2012.

Dia 1 - Saindo de Bariloche

Saída de casa (Bariloche) chegou o dia, com tudo meio corrido como é de costume no início de cada viaje. Mas chegou e não tem outra!

Saio com duas malas gigantes com 48 kg. Anita me leva até o aeroporto. Mais uma viaje só que desta vez rumo novo desconhecido para mim, mais muito desejado por qualquer montanhista que conheço.

Essa viaje já começou a 2 anos atrás quando junto com Anita encontramos a Manoel na pousada de um amigo em comum. Anita diz que ela foi a responsável, pois se não fosse por ela eu não teria tirado esses dias livres no Brasil (ilha Bela). No fundo tem razão, pois vinha de uma cirurgia na perna resultado de um acidente de esqui. Isso aconteceu em dezembro de 2009 alguns dias antes do natal, onde após dias de trabalhos no Brasil tínhamos combinado passar as festas de final de ano na casa da família (Buenos Aires, Mar Del Plata). Cheguei e fui com Juan Carlos (Juanca) fizer a travessia no cerro Tronador em Bariloche, resultado quatro pinos e uma placa de titânio na perna direita.

Com todo o processo de recuperação que levou seis meses estávamos sem muita grana, pois a reserva que tínhamos para a viagem foi gasto comprando parafusos para a cirurgia.

Digo que começou neste encontro porque após estes dias começamos a nos comunicar por e-mail e viabilizar a possibilidade de possíveis trabalhos juntos.

A primeira que surgiu foi a de uma possível guiada no Aconcágua para o final de 2010 onde infelizmente não aconteceu depois um levantamento de roteiro no Equador e México para futuros roteiros para venda para ME empresa do Manoel no Brasil.

 

23/08 - Dia 2 - Em Buenos Aires

Minha chegada a Buenos Aires é sempre algo impactante o ritmo me deixa um pouco confuso estou acostumado a Bariloche cidade pequena. Após algumas horas vou gradualmente me acostumando e me adaptando é como um processo de aclimatação para todos os dias que virão nesta viaje. Saio para jantar em um restaurante na Av. Corrientes uma boa cerveja me ajuda neste processo de transição. Pela manhã alguma compra de último momento purificador de água (pastilhas). Isso me chama muito a atenção como vivemos em mundos tão diferentes estive em pelo menos três farmácias e ninguém tinha ideia do que estava falando. Uma até quis me vender um purificador de água que se adapta a torneira.

Hora de ir para aeroporto tenho que chegar um pouco mais cedo para ver seguro viaje é a primeira vez que vou viajar assegurado, acredito que para esta expedição me vão pedir algum tipo de seguro. Com todos esses anos nunca não usei, mais nunca se sabe! Estarei muito longe de casa para contar com alguém! Não quero dar trabalho para outros. Sigo tranquilo agora com meus 48 kg de equipo.

 

24/08 - Dia 3 - Chegada ao Katmandu - Nepal (1.400m).

O Nepal é um pequeno país localizado no sul da Ásia, entre Índia e a China (Tibete). O seu tamanho contrasta com uma superpopulação estimada entre 22 e 23 milhões de habitantes. O relevo do país e composto em grande parte pelas montanhas da cordilheira dos Himalaias, com vários picos de mais de 6.000 metros de altitude, destacando-se, entre estes, o Monte Evereste, o ponto mais alto da terra. Juntamente com o Everest, o Nepal abriga oito das quatorze montanhas que possuem mais de 8.000 metros de altitude. As demais montanhas são o Kanchenjunga, o Lhotse, o Makalu, o Cho Oyu, o Dhaulagiri, o Manaslu, e o Annapurna.

Na chegada tenho que pagar um visto para 90 dias isso já me custa de cara U$ 100. Logo pego um carro que me leva para o hotel Tibet. Ai encontro o Manoel que já está a mil me diz que teremos um dia cheio de coisa a fazer, pois como me falta parte do equipamento para uma montanha tão alta, sai com ele para comprar parte do equipo que me falta. Além claro de muitas outras pendências da expedição que ajudei o Manoel providenciar neste dia.

O Nepal é conhecido como “o topo do mundo” A capital do país, Katmandu tem aproximadamente 800 mil habitantes. O país divide-se em 14 estados e 75 distritos. A maior parte da população vive em vilas nas montanhas, que são demarcadas por região e números. O clima é frio, porém somente nas montanhas há incidência de neve.

O Nepal pode ser dividido em três regiões geográficas distintas: o Terai ao sul, com altitudes entre 400 e 1.000 metros, geográfica e culturalmente semelhante a Índia; a região dos Vales, com altitudes entre 1.000 e 2.000 metros, onde está Katmandu e Pokhara; e a região dos Himalaias, com altitudes superiores a 2.000 metros.

O clima muito quente o calor abafado parecido com Buenos Aires pela unidade, na cidade barulho pelo número de carros e motos que buzinam o tempo todo também muita poluição. Algumas pessoas usam máscaras para tentar respirar melhor na rua.

Durante a noite ficamos sabendo que o Gilson perdeu o Voo. Isso nos atrasará talvez um dia em nosso programa mais não interfere no geral. Mais para mim isso também me gera mais gastos na cidade de hotel e comida claro.

 

25/08 - Dia 4 - Um boa noite de sono! Com o atraso do Gilson nós ficamos também um pouco mais tranquilos com nossos afazeres em Katmandu. Ainda tenho que comprar algumas coisas pessoais para a expedição só alguns detalhes.

Caminhando em Katmandu me faz lembra-se de anos atrás quando estive pela primeira vez em La Paz na Bolívia, um pouco mais colorida e as pessoas mais sorridentes. Mais o caos no trânsito e no ritmo da cidade muito parecido. Quando se tenta cruzar a rua é praticamente impossível por tantas motos, carros e gente ao mesmo tempo.

Acredito que só conhecerei mais após a expedição do Manaslu, pois envolvido com a logística junto com o Manoel.

 

26/08 - Dia 5 - Katmandu outro dia de muita logística, organização dos equipos em barris e compra no supermercado. Compramos coisas para os dias de acampamentos alto onde nosso cozinheiro não nos poderá levar nossa comida.

Os dias em Katmandu passam rápido, não sei é pelo próprio ritmo que nos colocamos em nosso dia o calor também é muito forte.

Teoricamente as coisas estão prontas temos para ser transportada equipo para três pessoas por 45 dias. Para isso vamos usar pelo menos 20 mulas mais alguns porteadores para transportar nossos equipos pessoais e a cozinha que nos acompanha durante todo o trekking.

Temos café da manhã, lanche de trilha que foi opção nossa de não parar para comer porque se não os cozinheiros paravam e faziam refeição quente para-nos em algum logde no meio do caminho, depois temos lanche da tarde e jantar tudo isso só para nós três. Eu na verdade não estou muito cômodo em andar sem mochila grande e saber que uma pessoa está levando a minhas vaidades nas costas. Por outro lado, sei que estou gerando trabalho para uma pessoa a mais neste país onde a renda por habitante anual é só de U$ 400.

 

27/08 - Dia 6 - Hoje chegou o Gilson, agora sim estamos prontos. Estivemos no hotel onde ele está hospedado e fizemos toda a seleção das coisas que levará.

Sairemos cedo amanhã para nosso primeiro dia de trekking, caminharemos apenas com nossas mochilas pequenas com pouco peso. Nosso principal desafio será o calor!

 

Inicio do Trekking de aproximação ao Base do Manaslu.

 

Essa sao as informação sobre o circuito do Manaslu

- Distancia: 199,54 km

- Desnivel positivo: 13.709 m

- Dificultade técnica: Difícil

- Desnivel negativo: 13.338 m

- Altitude máxima: 5.149 m

- Altitude mínima: 491 m

- Tipo de ruta: Só ida

 

28/08 - Dia 7 - Saída de Katmandu - Destino Gorkha

Hoje o dia foi de deslocamento para o vilarejo de Arughat Bazar está no distrito de Gorkha que está a 570 metros sobre o nível do mar. Depois de 06 h de carro em uma estrada bem ruim e mais três horas de caminha chegamos finalmente a nosso destino. Aqui vai ser o local de onde as mulas sairão e levaram as coisas para o acampamento campo base do Manaslu.

O Manaslu é a oitava montanha mais alta do mundo. Está localizada na Cordilheira do Himalaia. Seu nome deriva da palavra “Manasa”, que em sânscrito significa a montanha do espírito. Tem proeminência topográfica de 3.092 m e isolamento topográfico de 105,52 km.

O Manaslu foi escalado primeiramente em 9 de maio de 1956, por Toshio Imanishi e Gvalzen Norbu, membros de uma expedição japonesa.

O percurso de carro e bonito com muitas curvas no caminho, mais muito perigoso pela forma que dirigem. Existem muitos buracos locais sem visibilidade. Além do mais dirigem muito rápido e não me parece que respeitem o demais motorista.

Neste primeiro almoço comi a comida típica de todo o Nepalês se chama Dhal Bhati e se como com a mão eles não utilizam talheres. Esta comida é como nosso feijão e arroz no Brasil, ele é composto de arroz e um creme de lentilha e legumes.

O trecho de caminhada e muito tranquilo com muitas plantações de arroz. São feitas em terraço por toda a montanha!

O povo que vive nesta região é muito simples, mais não demonstram sinais de pobreza em sua forma de ser. Por onde passamos as pessoas não e estão muito acostumadas a ver turista porque este trecho geralmente é feito de carro. (como a estrada não estava em condições caminhamos até o povoado por isso as pessoas não estão acostumadas a ver turista).

Quando chegamos ao vilarejo de Arughat estivemos conferindo as cargas que irão para os barris, logo após banho jantar e descanso.

 

29/08 - Dia 8 - hoje acordamos cedo por volta das 05h30min e após o café da manhã saímos em direção ao vilarejo de Lapu besi que está a 870 metros sobre o nível do mar. O caminho é cheio de vilarejos onde entre eles seguimos caminhando entre plantações de arroz muita água por todo lado e muitas cachoeiras. Caminhamos acompanhado as margens do rio Budhi Gandaki Nadi passando por lugares impressionantes.

Foi uma caminhada tranquila por caminhos que algum dia já foi estrada até chegar a uma trilha mal conservada devido às monções chove muito e as existem muito desmoronamentos.

As monções demarcam um tipo de variação climática que ocorre na porção sul e sudeste da Ásia, que por isso também é chamada de Ásia das Monções. Trata-se de um fenômeno atmosférico que propicia a ocorrência de intensas chuvas em um período do ano e secas rigorosas em outro.

As pessoas são amáveis em uma grande maioria nos saúdam com o tradicional “Namaste” (Deus que está dentro de mim saúda o Deus que está dentro de você), as crianças que estão por todas as partes fazem uma eterna festa quando passamos sempre saem nas janelas ou menos se aproximam para nos cumprimentar muito divertido.

Os dias sempre muito quentes por isso saímos cedo para tentar aproveitar o máximo possível o ar fresco da manhã, mas mesmo assim quando chega o calor é infernal. Por sorte como a trilha tem muitas cachoeiras podemos molhar o boné a todo o momento.

Em um dos povoados do caminho paramos para o almoço, foi genial o cozinheiro da expedição um chefe com muita qualidade nos brindou uma refeição muito boa.

Chegamos ao acampamento às 16h30min aproximadamente após um banho de cachoeira no meio da trilha onde paramos para refrescar o calor.

 

30/08 - Dia 9- Mas um dia na trilha com destino ao nosso objetivo. Continuamos seguindo as margens do rio Budhi Gandaki passando por vários vilarejos. Um dia com muito calor e nada de chuva. Às vezes dá vontade de estar parado esperando as nuvens fecharem um pouco para poder pelo menos não andar no sol, porque andar no mormaço do dia quente já é suficientemente desconfortável.

O lugar é magnífico com muita água por todos os lados. Uma cachoeira mais linda que a outra, de diferentes tamanhos.

A trilha fica difícil às vezes para seguir porque como existem muitos desmoronamentos temos alguma dificuldade para passar. Fico pensando como as mulas conseguem passar em alguns lugares além de exposto é perigoso por causa do tráfico das mulas que descem.

Hoje quando chegamos a Dobhan (1.070 m) ficamos sabendo que um barril carregado de comida para nosso acampamento base caiu no rio e o perdemos isso não é uma boa notícia, pois nos deixa com problema para solucionar nos próximos vilarejos e comprar provisões para estar abastecido durante os dias de Campo Base. Também nos preocupa porque todas nossas coisas estão dentro dos barris. Mais não temos outra coisa a fazer, pois dependemos totalmente do transporte destes materiais.

 

31/08 - Dia 11- Chegamos a Philim (1.590m) às 14 h saímos de nosso último acampamento as 08 h este é o nosso terceiro dia de acampamento.

O dia começou um pouco agitado por causa da chuva que caiu durante a noite ouve outros aludes na trilha que tínhamos que passar. Como estávamos em um grupo pequeno conseguimos passar entre as pedras e barro que seguiam caindo. Mais parte de nossos carregadores que nos acompanham todos os dias não conseguiram passar porque estava muito perigoso este trecho para passar com carga nas costas coisa que eles sempre levam durante toda a trilha. Rinji é o Sardar chefe da equipe de sherpas pediu que voltassem e encontra um lugar mais seguro para poder passa com os demais carregadores e cozinheiro.

Conseguimos passar porque controlávamos visualmente o deslizamento enquanto um estava cruzando os outros estavam olhando.

O resto do caminho foi tranquilo, agora com menos calor porque estamos mais alto.

Os vilarejos também mudaram porque estamos apenas a 5 km do Tibete a influência Budista é maior. Os vilarejos são muito mais limpos e organizados, tem calçamentos de pedra muito bonitos. Começaram aparecer as Stupa (Chorten) são lugares sagrados para os budistas onde estão os restos de um monge ou escrituras que vieram do Tibet. Para passar por uma Stupa deve se girar no sentido do relógio entrando sempre à direita.

Os hidus somam 90% da população do Nepal apenas 10% seriam budistas onde sua maioria está nas Montanhas.

 

01/09 - Dia 12- Hoje dia começou com um pouco de chuva a ideia é avançar um dia e meio para tirar o atraso que temos com o dia que o Gilson perdeu. Saímos e o clima aos poucos foi ficando melhor com o passar das horas. Já não faz tanto calor como antes, pois agora estamos caminhando a uma altura superior a (1.500m.) sob o nível do mar.

Nos vilarejos budistas com Stupa com os mantras nas rodas de oração onde as a forma de passar é no sentido de direita para a esquerda e com a mão direita próxima as rodas fazendo que girem também no sentido do relógio. Este foi meu primeiro contato com estas rodas de oração, fiquei feliz por ter a oportunidade de estar aqui.

Meus dias têm sito muito tranquilos de total introspecção caminho mais lento que o Manoel e Gilson que sempre estão mais a frente em algum povoado me esperando para saber se me encontro bem. Também para muito para fotos isso me distancia deles mais é impossível não parar para algumas fotos.

Chegamos a Bihi Fedi (1.980m) onde hoje vamos passar a noite em um Logde que são pequenas pousadas simples onde neste caso um casal com um filho pequeno cuidam eles são Guruns descendente tibetanos de mais ou menos 500 anos atrás.

O dia foi relativamente tranquilo passando por cânion gigantesco sempre acompanhando o rio Budhi Gandaki cruzando-o às vezes em suas pontes pênsil impressionantes.

Ainda não temos claro o que fazer amanhã, temos a ideia de adiantar mais um dia para poder melhor nossa aclimatação. Estando três noites a Samagaun (3.530m.) nos ajudaria em nosso processo de aclimatação.

 

02/09 - Dia 13- Mais um dia de caminha hoje com destino a Lho um vilarejo que está a (3.140m) teve que vencer um desnível de 1400 metros em levamos 8 h.

Foi uma difícil à caminha em alguns trechos onde tínhamos que ganhar altura, subidas intermináveis. Para nós que vínhamos de 570 metros início do trekking foi uma grande superação.

Estamos todos bem de aclimatação, pois faz muito pouco tempo que chegamos. Teoricamente bem daqui para frente é que começa a pesar o tema da aclimatação. Amanhã vamos para Samagaun (3930m) última cidade antes do campo base devemos passar duas noites para melhorar nossa aclimatação e descansar também, pois faz uma semana que estamos caminhando montanha a cima.

Durante o caminho vimos muitos muros de mantras e imagens que as pessoas decoram artesanalmente nas pedras. Também visitamos um pequeno templo de meditação onde existiam várias imagens de Buda.

Nossos carregadores Sherpas caminham com parte das coisas na costa, para mim que não estou acostumado tenho pena pelo esforço que fazem. Mais segundo o Manoel que trabalha com eles há anos diz que isso é parte da vida deles e que estão acostumados com esses pesos. Para mim não vejo assim pode ser por falta de costume o porquê carregam minhas coisas é que eles estão carregando também.

Fazem um trabalho muito bom depois de carregarem as coisas ainda chegam e montam barracas e fazem comida para nos. Os almoços deixaram de pedir para eles fazerem porque o Manoel e Gilson andam rápidos e tínhamos que esperar eles e isso incomodavam por que para ele eram muito lentos.

 

03/9 - Dia 14- Final do trekking hoje chegamos à cidade mais próxima ao acampamento base do Manaslu. Estamos a 3.530m sob o nível do mar no vilarejo Samagaun. Daqui para frete a coisa vai depender de nossa aclimatação. Agora estou com a saturação boa 91% espero continuar assim. Farei um dia de descanso amanhã para poder recuperar um pouco de energia gasta nesta semana de trekking.

A caminhada de hoje foi relativamente tranquila só duas horas no separam do vilarejo onde passamos a noite.

O Manoel e Gilson deverão subir um pouco para poder melhor sua aclimatação. Agora cada um em sua estratégia, acredito que recuperar meu físico e dar tempo para a aclimatação a esta altura será melhor que subir amanhã. Mais cada um conhece seu corpo e sua forma de aclimatação.

 

04/9 - Dia 15- Dia de descanso com pequenas caminhadas no vilarejo. Aproveite para secar a roupa que tinha lavado ontem após o banho quente depois de 14 dias na montanha. Aproveitei para mandar um e-mail para Anita com o que escrevi até ontem para ela saber o que ando fazendo por aqui. Espero que ela consiga ler, pois sei que isso vai deixá-la mais tranquila.

Manoel e Gilson saíram cedo para caminhar e aclimatar fazendo parte do caminho ao acampamento base. Como já comentei prefiro fazer as coisas de meu jeito e não deixar me influenciar pelas decisões que eles tomam. Sentia que precisava de um tempo para mim, estar com eles é divertido mais como me conheço preciso de meu espaço também.

No final da tarde visitamos o monastério e fomos benzidos por um dos Lamas que estava lá. É um lugar simples com pequenas casas de pedras onde os monges passam o dia!

O lugar de encontro de todo o vilarejo é o Logde onde fica a internet.

 

05/09 - Dia 16- Campo Base

Hoje chegamos ao campo Base a 4.884m a subida foi forte, tivemos que vencer um desnível de 1.350 m. Na base estamos bem instalados com todo o conforto possível. Temos um refeitório com carpete estufa uma mesa para comer e uma para especialmente para o computador. Pena que a conexão não foi possível se não poderíamos estar passando informações on line durante a expedição. Minha saturação está em 85% como ontem fiquei no vilarejo esta mudança pode trazer alguma dor de cabeça ou insônia, só saberei amanhã depois de algumas horas nesta altura poderei saber como meu organismos se adapta.

Estou feliz por estar aqui é minha primeira experiência em um 8.000m espero que tudo esteja bem em casa. Sinto saudades de minha “Nenita” que deve estar despertando agora em casa ou já está tomando uns ricos mates em nossa casinha.

Vou tentar ligar para ele hoje para ver se conseguiu ler meu e-mail e para falar um pouquinho com ela!

Amanhã faremos pequena caminhada por aqui próxima para melhorar nossa aclimatação.

 

06/9 -Dia 17- Foi muito bom conseguir falar a Anita ontem a senti aqui pertinho deu muita saudade mais pelo menos tive notícias dela e isso me deixou contente. Ela também me enviou uma mensagem no telefone satélite do Manoel isso também foi bem legal. À noite como já previa pelo desnível que vencemos ontem foi com muita dificuldade para dormir por nesta altitude por causa da insônia, despertei as 23 h e fiquei acordado até as 03 h da madruga. Mais como já tinha previsto que isso passaria sofro menos.

Acordei cedo por volta das 05h30min e não dormi mais. Choveu durante toda a noite ainda estamos em prema monções. Hoje foi mais um dia de aclimatação subimos até a beira do glaciar a 5100m aproximadamente. Sinto-me bem não tenho dor de cabeça e minha saturação durante a noite foi bem baixa chegando a 75%. Quando amanheceu já estava em 85% muito melhor. Existe um processo do organismo que quando está se aclimatando durante a noite o corpo relaxa e os batimentos cardíacos estão bem alto isso provoca a tal insônia que tive a noite passa e que espero não ter hoje.

No acampamento seguimos com chuvas todas as tardes, o que compensa é que com a estrutura da base a coisa fica um pouco mais tranquila para a nossa comodidade. Temos uma barraca cada um, uma barraca grande comedor, uma barraca deposito de alimentos e materiais, um banheiro e uma barraca para o banho. Na verdade, muita estrutura para só 03 pessoas.

No objetivo de amanhã vai ser uma escalada até o acampamento 01 onde vamos deixar duas barracas armadas e um pouco de comida e Gás.

 

07/9 - Dia 19- Finalmente o dia amanheceu com muito sol e todo aberto sai correndo da barraca assim que o Manoel me avisa que se podiam ver tudo. Na verdade, estava com muita preguiça vi que tinha mais luz afora mais como os outros dias que sai estava tudo fechado fiquei fazendo “fiaca” preguiça na barraca. Depois de uma seção de fotos fui ao banheiro e depois café da manhã. O café da manhã aqui é bom mais estranho os mates de minha casinha.

Logo após o café fui terminar minha mochila que tinha que subir com algumas coisas que íamos deixar no Campo 01 (5.710m). A subida foi muito forte e ainda com todo o peso que levava nas costas a coisa ficou um pouco pior. Foi um desnível de 850 metros caminhando por glaciar cheio de gretas. Utilizamos cordas fixas uma coisa nova para mim a sensação de estar presa a montanha e não a um companheiro de escalada me parece meio raro.

O Gilson como está com o Sherpa Dorje que é o companheiro que vai estar com ele na montanha não leva peso extra. Só seu equipo pessoal o sherpa leva tudo o demais. Eu e o Manoel estamos dividindo o peso geral levamos hoje uma barraca, oito recipientes para gás.

Estou um pouco cansado na verdade senti um pouco de dor de cabeça que não sei se foi só a altura também pode ter sido a falta de hidratação e desnutrição.

Amanha vai ser o dia que o Lama vai realizar o Puja cerimônia que todos os montanhistas realizam antes de dormir na montanha. 

 

08/9 - Dia 20- choveu a noite mais como eu estava bem cansado dormi como um nenê. Hoje o dia é de descansar o Máximo possível porque amanhã voltamos a subir carregados e faremos noite no campo 01.

Hoje também foi nosso Puja a cerimônia que o Lama nos brida passando a proteção para quem vai para a montanha. O Lama budista sobe até aqui o campo base para realizar a cerimônia. É isso tudo me faz lembrar um pouco o Peru e seus rituais que tive a oportunidade de conhecer a muito tempo atrás. É uma cerimônia muito bonita onde eles fazem oferendas a montanha com coisas de comer e beber. Também benzem parte do material do equipo que vamos usar.

Além de nos passar um lenço e um cordão para nossa proteção. No final nos pintamos com farinha de trigo para representar que nossos rostos fiquem brancos. Para que tenhamos vida longa e tenhamos cabelos brancos quando estivermos velhos.

O acampamento agora tem muito mais cores com as bandeiras de oração que decoram e enviam mantras pelo vento.

Estivemos discutindo estratégias para os próximos dias, acredito que o melhor seria um pouco mais de aclimatação para poder estar mais forte na montanha. O Manoel tem um programa modelo que nos baseamos mais para mim ainda falta uns dias a mais em altura para poder prosseguir. O Gilson parece que está cansado da viaje, não o vejo desfrutando do que está fazendo. Hoje lê perguntei se estava bem e me disse que queria que terminasse se logo queria subir já hoje e dormir no campo 01 na verdade não tem ideia do que está fazendo só quer que termine logo. Uma pena não está desfrutando da viaje só quer chegar rápido ao final.

Já o Manoel parece que desfruta de cada momento, agora está um pouco mais tranquilo porque no princípio estava a mil por hora sempre querendo fazer ou organizar acho que era um pouco de ansiedade claro para ele também é um Oito mil.

Eu tento viver o dia a dia não estou com muita pressa de subir para os campos altos acho que ainda me falta um pouco de aclimatação. Como eles vieram de Kilimajaro e Elbus penso que estão melhores aclimatados do que eu. Sinto saudade de casa tenho vontade de conversar com Anita e saber como ela está.

O plano para amanhã é subir para o Campo 01 passar a noite e se tudo estiver bem com a aclimatação subir para o campo 02 carregado com barracas, comida e gás.

 

09/9 - Dia 21- Hoje chegamos ao Campo 01 à ideia é ficar aqui esta noite, mais um dia longo com mochila pesada desde o Campo Base. Medido com o GPS em linha reta é claro me dá uma distância de 3,5 km. O percurso foi feito em 5 h.

O dia estava meio que encoberto na parte baixa da montanha, nevou choveu.

Chegamos encontramos nossa barraca bem armada como tínhamos deixado a dois um dia atrás.

Logo após hidratarmos começamos a fazer algo para comer. O prato do dia foi comida liofilizada espero que seja boa, para isso é só agregar água que no nosso caso temos que derreter neve. Aqui temos que calcular tudo o tempo de gás que temos (aproximadamente 01 cartuchos de gás por pessoa) a comida e para as noites de aclimatação que ainda nos falta.

Aqui também vou poder usar parte do meu equipo novo, pois só agora faz frio o suficiente para usá-lo.

Estou dividindo a barraca com o Manoel e o Gilson com o Dorje Sherpa. Estamos fazendo tudo independente. Essa é a proposta de fazer o Manaslu sem ajuda dos sherpas que levam suas cargas para cima.

Nossa ideia é sim ter ajuda de uma Base de apoio no Campo Base com cozinha e conforto, mais aqui em cima vai depender só de nós.

Quando falo de conforto falo de um cozinheiro com ajudante, um banheiro rústico mais utilizável uma ducha com água quente para quando descemos e um espaço que é comum para os membros da expedição onde comemos e também escrevemos no computador, com aquecedor e gerador durante a noite.

São as 19 h já jantei estou em meu saco de dormir novo. Penso em Anita e nossa casinha creio que ela deve estar finalizando o mate é às 10h30min da manhã lá.

O plano para a manhã seguinte é de subir até o Campo 02 levar alguma coisa e voltar para o Campo 01 e passar mais uma noite aqui.

 

10/9 - Dia 22- Dia dos Infernos, saímos do Campo 01 às 08h40min h tardamos 6 h para chegar ao Campo 02 muita subida carregada com barracas, gás e comida para os próximos acampamentos.

O terreno é muito acidentado com muito serac (pequenas torres de gelo) e algumas avalanches dos mesmos.

Durante a subida em alguns lugares temos que utilizar o ascensor (Jumar) devido à inclinação da parede. Hoje também cai com uma perna em uma greta mais consegui sair sozinho. A montanha está coberta por um grande glaciar e ele está todo “engretado” entre o C1 e C2 tem uma escada para cruzar uma greta de uns 4 metros de extensão e uns 12 a 15 de profundidade.

O C2 (Campo 02) está a (6.348 m) em um lugar protegido e muito bonito tardamos em descer 2 h até o C1 (Campo 01) em baixo de uma pequena nevada.

Amanhã desceremos para o Campo Base para se recuperar dos dias aqui em altura. Vou dormir porque estou cansado e com muita saudade de casa (Anita).

 

11/9 - Dia 23- Acordamos no Campo 01 e resolvemos tomar café na Base. Em 01h45min estamos a baixo já desfrutando das regalias da base.

Também o Gilson resolveu voltar para casa, como ele tinha um objetivo diferente do nosso ele resolveu voltar mais cedo para casa. Na verdade, no fundo me deu também um pouco de inveja de poder tomar esta decisão. Mais como minha oportunidade é diferente espero pelo o que este escrito para mim. 

Aproveite para organizar minhas fotos e lavar roupa, além de ter que mudar de barraca (não entendi muito bem estava muito confortável na minha e me mudaram para a que estava o Gilson).

Após o almoço o cozinheiro fez um bolo de despedida para o Gilson que baixou logo após para Samagaun onde um helicóptero o levara amanhã para Katmandu.

Com o Gilson, Manoel e Dorje baixaram terminei ficando aqui só. Entre parêntese claro porque ainda está por aqui o cozinheiro e os ajudantes. Também tive a visita de um norueguês que este acampado aqui perto. Ficamos colegas no dia da visita ao monastério onde tirei uma foto dele com o Monge. Ele fala um pouco de espanhol e tem uma namorada Chilena. Como diria Anita que eu atraio tipo nove e o tipo caso muito falador e sentimental.

Para amanhã espero descansar bem para os próximos desafios que viram.

 

12/9 - Dia 24- Dia de marasmo na montanha, hoje foi mais um dia de descanso na Base. Como estava previsto fiquei a manhã inteira no acampamento base. Só repondo energia e esperando novidades com relação ao clima.

O Gilson já foi embora do acampamento e está em destino a Katmandu onde amanhã deve voltar para casa. O Manoel baixou ontem a Samagaun para ir à internet e fazer a interface com o Gilson e sua logística para ir embora.

Eu fiquei na barraca até as 07 hs esperando o chegar a hora do café o dia estava nublado e depois começou a chover e não parou mais. O Manoel chegou a para o almoço ficamos um tempo falando sobre os programas que estão por acontecer e o nosso cliente complicado.

Ontem e hoje pela manhã que estive mais sozinho consegui organizar um pouco melhor minha cabeça. Consegui entender melhor meus tempos o quanto gosto de estar sozinho às vezes, para poder me organizar e vivenciar onde estou e o que estou vivendo.

Estou no meio de uma das experiências mais locas de toda minha vida, entrei no circuito do Alpinismo mundial. Estou cercado de pessoas com muita experiência e anos no Himalaia.

Por exemplo, na parte da tarde fomos ao acampamento de Hery Toddy um senhor de uns sessenta largos que é chefe de expedição no Himalaia há muitos anos. Um dicionário de montanhismo humano sabe muito sobre esta e outras montanhas. O Manoel como é uma pessoa muito sociável o conhecia de outras expedições, aproveito para tirar informações sobre os planos da expedição dele e da montanha em geral.

Apesar de só falarem em inglês consegui entender o assunto e isso me deixou contente por estar ai primeiro e segundo por entender os assuntos.

Tem muita gente na montanha aparentemente o Cho Oyu (8.201 m) que é outro oito mil, está fechado por motivos políticos. O problema é que o Tibete que foi invadido pelos chineses e os monges tibetanos estão realizando protestos e o governo da china não quer que a empresa publique isso a nível mundial.

Fiquei muito contente em conseguir escutar a vos da Anita que está em casita. Foram três minutinhos mais não importa o que importa é que ela estava bem e me comentou que está tudo bem em casa. Também me comentou que chamou minha casa pelo aniversário do meu pai e que deu notícias minhas para minha mãe.

Eu e o Manoel temos falado sobre possíveis projetos juntos, muitos me interessam e agradeço pela oportunidade que ele está me dando. Mais ainda fico meio sufocado com tantas possibilidades. Foi assim quando começamos a falar sobre o projeto do Gilson. Muitas viagens a lugares que não conhecia em muito pouco tempo. Agora estamos falando de cursos expedições e até possibilidades de palestras para empresa. Não quero perder o meu objetivo quando escolhi viver de montanha. Também tenho uma responsabilidade com minha família e isso não pode interferir na minha forma de ser em casa. Sempre fui contra ter muito dinheiro porque isso muda muito uma pessoa, tenho muita experiência. Por outro lado, segundo a amiga da Anita, Laura Bertolotti têm que aproveitar a maré boa porque quando vira a coisa fica feia. Como a maré minha sempre foi meio difícil não sei o que pode piorar jajaja!

Planos para os próximos dois dias e fazer cera, pois o clima não vai ser bom! Nós tínhamos como objetivo subir e fazer noite no C1, C2 e C3 completando o nosso terceiro ciclo coisa que vai ter que esperar até que o clima nos proporcione dias melhores.

 

13/9 - Dia 25- Como esperado o dia não estas aquelas coisas. Pela manhã consegui até tomar um banho enquanto havia um pequeno mormaço, logo depois o clima fechou e começou a chover e até agora não parou. Acredito que no C1 deve estar nevando.

Por aqui a coisa é ficar escutando música lendo escrevendo na barraca ou na barraca comedor. Estou escrevendo e escutando a Madonna e me lembrando da loquita da Anita bailando quando estamos em casa.

Durante o almoço conversei bastante com o Manoel que agora deve estar na barraca escutando música ou dormindo. Os dias de descanso ou mau clima não tem muita opção e fazer o que se pode.

Hoje aproveitei também para formatar um possível programa para novembro quando devemos se tudo der certo ir para o norte do Brasil com Anita e meus Pais.

Teoricamente o clima não deve mudar até o domingo onde ai começará nossa última faze do programa de aclimatação. Tem muito mais gente na montanha espero poder terminar logo nossa preparação para assim que possível agarrar a primeira janela para o cume. Quero tentar evitar este mundo de gente que está aqui para fazer o mesmo que nos, mais estão um pouco atrasados com relação a nosso progresso.

 

14/9 - Dia 26- Mais um dia feio chovendo na base, não temos muito que fazer se não esperar a melhora. Hoje o Manoel foi à reunião das expedições para saber qual vão ser a estratégia e valor para as expedições. Isso porque só existe uma empresa que está organizando as cordas fixas.  Agora quer cobrar o valor do material e dos Sherpas que trabalham para eles, os mesmos que instalaram as cordas na montanha.

O dia está fechado feio, estamos no meio das nuvens desde ontem. Espero que as barracas e as coisas que estão no C1 e C2 estejam bem devem ter sido soterrados pela neve.

 

15/9 - Dia 27- Mais um dia de muita chuva na Base, nada o que fazer além de escrever e bater papo na barraca refeitório. Por aqui está muito frio hoje, cai uma chuva constante. Aparentemente na parte alta da montanha onde estão nossa coisa está nevando. Isso me preocupa um pouco, pois meu equipo e minha barraca estão armada no C1 e temos também algo enterrado no C2 marcado com uns cordins que já devem estar enterrados.

Hoje tirei o dia para escutar um pouco as pessoas que estão na montanha. Temos o time de Sherpa que cuida da cozinha e de toda a logística de nosso acampamento. Eles são pessoas simples que ficam a nossa disposição esperando para nos servir o quer que seja que precisamos. Eles não têm equipos com qualidade à maioria usa equipo que foi doado por pessoas em outras viagens. Estão quase o tempo todo falando na cozinha onde preparam a comida para nós. Nós temos nossa barraca individual e a barraca refeitório onde podemos estar um pouco mais a vontade eles só tem esse lugar e a barraca deposito onde dormem.

Bom, depois temos gente de todo lado do mundo que se reúnem aqui para realizar sua tentativa de ascensão do Manaslu. Próximo a nos estão os Norueguês são dois primos que estão aqui para tentar sua ascensão com O² acompanhado por sherpas que estão levando suas coisas para cima. Um é bem animando conversador tipo 9 totais. Já comentando cima. O outro meio calado só fala seu idioma e um pouco de inglês. Trabalha em uma plataforma de petróleo no Mar do Norte. Também apareceu por aqui um Boliviano que é Guia de Montanha que tem esposa francesa e trabalha nos Alpes, Bolívia, Argentina, etc.

Também conhecemos um grupo de Equatorianos que estiveram com no C1 e aqui na Base. Os Conhecemos no Lodge que tem internet. Na verdade, o Manoel que é o mais falador conheceu e me apresentou porque também falam espanhol.

Eu e o Manoel todas as noites após o jantar ficamos falando de viagens e pessoas. Ele por ser mais velho tem muitas histórias sempre para contar de coisas que fez ou de amigos que fizeram pelo mundo. Também estivemos jogando carta durante a noite de ontem. Bom tentando me ensinar, pois não sei nada de jogos nunca tive interesse em aprender. Pobre está sofrendo jajaja!

Ontem também estive editando um vídeo para a Anita que vou tentar mandar no dia que poder acessar a internet espero que antes do cume.

Sobre mim agora claro, também tenho que falar de mim. Eu me sinto bem, um pouco “aburrido” por estar aqui parado esperando os dias passar. Tenho muita saudade de casa e principalmente de minha chiquita que sei que também deve estar-me esperando.

Mais tento viver o dia a dia para não sair correndo para casa. Não sei quando vou poder votar aqui então quero aproveitar o Máximo. No geral estou bem esperando o tempo passar rápido para poder voltar para casita e compartir toda minha experiência no Nepal com minha esposa.

Sobre minha espiritualidade ainda nada a acrescentar, não senti tanta diferença na forma de ser e pensar minha comparando com a vida do Budista. Acho que a vida que temos em casa com a minha esposa me ajudando claro tenho melhorado bastante e não senti a necessidade de me apegar a nem uma religião. Claro que são pessoas que cresceram dentro de uma filosofia onde o desapego é algo importante, mais com a globalização já não são tão assim, segundo algumas observações minhas.

Espero que meu contato no trekking do Everest seja mais intenso e consiga sacar algo, mas desta experiência. Acredito que o tema de estar aqui com tanta influência de deferentes povos as pessoas que trabalha não tem mais a sua essência primaria.

 

16/9 - Dia 28- Muita neve em nosso acampamento, hoje dia de nosso mesário amanheceu com muita neve. Estou feliz de poder mandar MSG pelo menos para Anita. Sei que ela ficará feliz com minha lembrança.

Estamos com um problema nas mãos teremos que subir amanha de qualquer maneira para o C1. Mesmo com tanta neve caindo temos que ir ver o estado de nossas barracas que devem estar lotadas. Não temos muito que fazer na Base, hoje fizemos uma partida de carta que jogamos com nosso vizinho o Norueguês que se chama Mats. Também rolou um banho mesmo com o frio foi bom tomar um banho com água quente é claro. Temos uma barraca que é para o banho, nos esquenta água em um tambor e encaramos o ventinho frio da barraca. (Como estranho meu banho quente com minha Anita).

O acampamento aqui mudou muito, está tudo coberto por uma camada de neve fresca que dá uma aparência mais bonita para o Campo Base.

Amanhã vamos subir até o C1 para resolver o problema da neve nas barracas.

 

17/9 - Dia 29- Logo após o café da manhã saímos para checar as barracas do C1. Nevou durante toda a noite isso só aumentou a dificuldade para caminhar desde CB. Durante a caminha não me senti muito bem, acredito que todos estes dias parados no Base não me ajudaram. Senti que meu apetite não é a mesma do início da escalada. O cozinheiro é muito bom sempre faz pratos diferentes mais acho que não estou me alimentando o suficiente. Sentia-me fraco com pouca gana de caminhar uma situação nova para mim.

Estava feliz por ter conversado com a Anita e saber que estava tudo bem em casa e com ela foi muito gostoso escutar sua vos.

Agora estou apreensivo para saber o que me passa. Igual fomos até o C1 e por sorte nossas barracas estavam bem. Me parece que os alemães que eram nosso vizinho deram uma mão com a neve.

Estou na Base o Manoel como tem “culo com rodinhas” foi fazer visitas para seus amigos nos outros acampamentos.

Às vezes tenho vontade de que tudo termine logo, acho que estou com saudade de casa. Isso não é nem um problema o fato é que já faz muito tempo que sai de casa e a estranho muito.

Quando falo casa quero dizer sinto falta da minha amiga e companheira que sempre está ao meu lado. Acho que estou um pouco com “estranhitis” palavra que só existe em Bragado.

Mas vamos lá com fé e coragem os dias vão passar e pronto estarei em casa.

 

18/9 - Dia 30- Hoje amanheceu com bastante sol deu até para secar algumas coisas que estavam úmidas. Consegui dormir bem, me sinto um pouco melhor com relação à força, jantei bem ontem bom café da manhã e bom almoço estou me esforçando para comer. Logo estarei em casa com a “comidita” de mi senhora e todo ficará bem.

O clima que estava lindo pela manhã já mudou agora neve de novo. Não sabemos o que fazer se esperarmos uns dias mais o se subimos para nosso terceiro ciclo. Pela manhã tinha ficado resolvido que subiríamos amanhã agora com essa nova neve e vento, não sabemos o que vamos fazer. O problema é a quantidade de neve que caiu estamos com um risco de avalanche bem alto. Não vou colocar meu pescoço a prêmio por essa montanha só subirei quando estiver realmente seguro. Já conversei com o Manoel sobre este tema, as pessoas por causa do clima ficam ansiosas e saem montanha acima esperando que o clima melhore ou se mantenha mais sem informações corretas das grandes operadoras que tem previsão de clima mais atualizado.

Para mim a experiência está sendo muito grande e com isso posso viver tranquilamente sem ter que me meter em “robada” pela montanha acima.

Ainda não consegui entender hoje é meio dia 30 no diário, mais sai dia 22 de agosto ainda não faz um mês que estou viajando?

A única coisa que tenho certeza é que já estamos aqui no CB há 15 dias e ainda não sabemos o certo, mas quanto tempo vamos estar por aqui.

 

19/9 - Dia 31- Hoje subimos ao C1 foram mais ou menos 4 h de caminhada se tudo como o planejado devemos passar a noite aqui e amanhã C2 para uma noite depois C3.

Estamos bem instalados na minha barraca Sierra que tem aguentado uma barra aqui com as nevadas. O clima não tem ajudado desde que saímos do BC o clima este meio raro com sol e nevisca.

Descanso e amanhã vemos o que passa. 

 

20/9 - Dia 32- Noite com muita insônia a noite passada foi muito desgastante para-nos, pois nem eu nem o Manoel não conseguimos dormir direito por causa da insônia. Durante a noite o Manoel teve enjoo e teve que sair para esvaziar, durante a madrugada já resolvemos que ficaríamos no C1 por mais uma noite para ver se nossa aclimatação melhora.

Também tivemos que mover nossa barraca por estar aqui há vários dias o sol fez com que o solo da barraca fira se uns blocos de gelos desconfortáveis para dormir. Essa foi nossa única tarefa do dia.

O resto do dia se arrastou muito lentamente foi difícil ficar no C1, pois não tínhamos o que fazer nem aonde ir. O que fizemos pela tarde quando parou de nevar foi visitar a norueguês (Mats) ou Junior para os íntimos que estava no C1 também.

 

21/9 - Dia 33- Chegada no C2 pós 6 h de caminhada com mochila pesada. O dia não estava tão quente isso ajudou um pouco, pois as subidas são muito fortes.

Uma vês no C2 a cabeça começou a pegar acredito que não pela altura e sim pela desidratação do dia longo com pouco tempo para se hidratar e alimentar. Tive que tomar Novalgina e, mais tarde um Diamox. Para poder descansar e me alimentar.

 

22/9 - Dia 34-Fomos acordados as 04h30min ou 04h45min com um enorme susto. Toda barraca se movia com muita velocidade. O deslocamento de ar nos deixou confuso por alguns segundos, dentro uma nuvem de pó dificultava a respiração.

Tudo aconteceu muito rápido em minuto já estava a fora tentando entender o que nos havia ocorrido. Todos do C2 estavam fora de suas barracas, fazendo o mesmo. No C2 onde estávamos existe um pequeno desnível de 20 entre onde estávamos e parte superior.

Quando sai verifiquei que tudo estava bem com as pessoas próximas a nós, estava escuro e muito frio. O Manoel demorou um pouco mais em sair, pois estava desabrigado dentro de seu saco de dormir. Quando ele também saiu conversamos com as pessoas que estavam mais próximos de nós para saber se estava tudo bem. O Manoel grita para as pessoas na parte superior do C2 se estavam bem e não houve resposta. Víamos que se moviam meio agitados com o susto. Também descobrimos próximos a nossa barraca botas de diferentes modelos, panelas, fogareiro entre outras coisas que voaram da parte superior do C2 até onde estávamos.

Logo após alguns minutos a coisa foi meio que tranquilizando e o frio começou a tomar conta de nós. Eu que estava mal abrigado entrei novamente na barraca e me protegi do frio intenso.

Enquanto isso o Manoel conversava um pouco com o (Junior) Mats que Le contava que seu sherpa teve a barraca parcialmente coberta pela neva. Onde estava nossa barraca caiu muito pouca neve, a alguns metros de onde estava nossa barraca existiam outras barracas com perfurações das pedras que voaram por cima de nós e atingiram estas barracas que por sorte estavam vazias.

Passando alguns minutos o Manoel entra para a barraca e ficamos conversando tento entender o que tinha acontecido tendo imaginar de onde veio àquela avalanche.

Mais uns minutos escutamos o pedido de ajuda que vinha da parte superior do C2. Na verdade não era para eles e sim para o C3 intermediário 6600m (um acampamento que foi feito entre o C2 e C3 para evitar o vento este acampamento foi feito na encosta da montanha em um lugar desprotegido das avalanches). O C3 original esta 6900m que fica no colo que é afetado por muito vento. Segundo relatos dos que estavam na parte superior do C2 um Sherpa desceu sem abrigo ou mesmo botas a pedir ajuda, pois o C3 intermediário havia sido totalmente destruído por uma avalancha.

Novamente começou um movido meio que desorganizada, pois nós tínhamos que o C3 estava a 6900m e para que pudéssemos chegar lá nos custaria muito tempo. Enquanto isso os sherpas que estavam prontos e conhecem muito bem a montanha começaram a se organizar para subir. Onde estávamos não conseguíamos ver pela pouca luz que havia e também por causa do desnível que existia entre-nos no C2.

Mesmo assim começamos a nos organizar para sair com água, alimentos, equipamentos, etc. Nós estávamos baixo e a possibilidade de subir foi cogitada mais a esta altitude tudo fica muito difícil. Os sherpas saíram do C2 mesmo com o dia escuro. Alguns outros montanhistas mais fortes que tinha claro onde havia ocorrido a avalancha também saíram. Nós ficamos tentando ajudar os que estavam ao nosso redor. Com um pouco mais de luz eu subi até a parte superior do C2 e pude ver que o C2 superior tinha sido totalmente varrido pela avalancha todas as barracas estavam destruídas na parte inferior onde estávamos também com um pouco mais de luz vi os estragos que a avalancha tinha causado em tantas barracas.

Nós estamos como em uma pequena ilha que não foi demasiadamente atingida pela força da avalancha. Com a luz total a coisa foi se mostrando cada vez pior e verifiquei que no C2 superior todas as barracas tinham sido destruídas e que algumas pessoas tinham sido atingidas por pedras que destruíram suas barracas. Deste lugar consegui ver onde estava o acampamento intermediário e que se tivéssemos saído no momento do pedido de ajuda também poderíamos ter ajudado no resgate de vítimas. Mas para isso os sherpas que subiram começaram a organizar e a transmitir as informações sobre a situação no C3 6600m intermediário.

Era uma situação de desastre onde ninguém sabia o que tinha passado com certeza.

Foi pedido ajuda para os helicópteros para resgatar os feridos. Os mesmos só apareceram com um tempo superior a 02h30min, pois vinham de Katmandu e este tema é importante destacar, pois quem é que vai pagar a conta por este deslocamento.

Existem várias empresas comerciais na montanha que já são tradicionais e tem uma influência grande na política do Nepal.  Que cujo seus clientes não estavam envolvidos. Outras no caso a empresa do Hery toddy quem com Manoel fomos uns dias atrás conversar estava no C3 intermediário e tiveram a perca de dois clientes franceses.

Durante todo o dia os helicópteros voaram levando as vítimas encontradas para Katmandu.

Nós resolvemos passar mais uma noite no C2 onde estávamos pois ouve uma debandada geral das pessoas que estavam na montanha. Eu particularmente pensei muito em minha vida e projetos futuros com minha família e no final da tarde após uma conversa com o Manoel comuniquei a minha decisão de deixar a escalada, mesmo sabendo no que isso representava para mim. Não foi fácil chegar a esta conclusão mais uma vez tomada à decisão não tem volta atrás para mim. O Manoel tentou argumentar de farias formas mais para mim a decisão já havia sido tomada.

Sei que para ele seria mais fácil conseguir outro grupo onde pudesse se juntar e não seria o final da escalada dele.

Para mim sim seria o final de um pequeno passo, pois minha vida não é só montanha admiro muito sua perseverança, mais para mim sei onde é o momento de parar. Fiquei horas pensando para tomar esta decisão e acredito que seja a melhor.

Tenho uma esposa me esperando e queremos ter filhos não quero decepcionar nem ela que confia em mim nem a mim mesmo que prometi me cuidar. Sinto que a montanha não está em paz, não posso explicar só não me sinto tranquilo isso para mim já é o suficiente. Também relatei acima que achava que não estava preparado o suficiente para encarar semelhante desafio.

Acredito que é apenas uma experiência muito linda fazer o cume de um oito mil, mais sei que não vale a pena colocar a minha vida em jogo para experiência. Recordei-me de Juama e Vale que estão lutando há um ano para lograr sobreviver, nesta doença que o afetou. Como vou me expor simplesmente por capricho a uma situação como esta. 

Durante este dia ficamos sabendo de várias situações vividas pelos sobreviventes do desastre relatos de primeira pessoa que nos eram sendo transmitido pelas pessoas que chegavam ou passavam pelo C2. Pessoas que se salvaram por milagre desta terrível avalanche. Outras que perderam seus amigos estando com eles na mesma barraca.

Estes relatos só foram escritos após dois dias de muitas informações e introspecção.

 

23/9 - Dia 35 - Passamos à noite no C2 a noite foi relativamente tranquila apesar de saber que bem perto de onde estávamos pessoas haviam morrido tentando fazer o que eu também estava buscando. Subir ao cume desta montanha isso me deixava angustiado.

Mas foi uma noite relativamente rápida, só despertei assustado um par de vezes pelo vento que balançava a barraca e trazia de volta a sensação do perigo da noite passada.

Perigo esse que só me tornou mais evidente quando entendi o que realmente havia passado aquela madrugada. O que realmente aconteceu foi que um bloco de gelo (Serak) se desprendeu de 7400 m e caiu na ladeira onde rompeu uma placa formou a avalancha que arrastou com o C3 intermediário 6600m e chegou onde estávamos no C2 a 6350m destruindo todo ao seu caminho.

A conclusão que chegamos que se não fosse às gretas do caminho e principalmente a que está entre o C2 superior, talvez não estivesse aqui para escrever este relato.

Logo após o café da manhã nos preparamos para descer ao CB, eu definitivo e totalmente resolvido. O Manoel ainda com muitas dúvidas sobre o que queria fazer deixou parte do equipo montanha acima no C1 e C2. Ainda durante a manhã os helicópteros voaram para buscar alguns corpos que estava na montanha.

Os números são confusos se fala entre 9 mortos e 3 desaparecidos, não oficial.

Antes de descer o Manoel deu uma entrevista para o Fantástico, estando dentro da barraca no C2, ele conversou com os repórteres que queriam saber sobre o acidente no Manaslu. Isso só me trouxe outro problema entrar em contato com a Anita para que ela no caso de pergunta de meus pais ou irmãs pudesse responder que eu estava bem e fora de perigo.

Nos descemos com a carga extra que tinha sido levada para cima nos dias anteriores, na verdade um exagero de coisas que o Manoel calculou para os dias que o Gilson estivesse na montanha junto o Dorge sherpa que estava com ele. Não se cumpriu nem a parte do Gilson nem do Dorge e as sobras de comida, barraca e gás tivemos que trazer para baixo, claro além de todo o meu material do C1 e C2 que estavam armazenados para meu dia de cume.

Descemos em quase 4 h do C2 até o BC no caminho só encontramos um par de alemães que estavam subindo para buscar suas coisas. Eles foram os primeiros a chegarem ao local da avalanche e ajudaram a tirar as pessoas soterradas pela avalanche. Mas tinham descido no mesmo dia da avalanche por isso dois deles já sabiam que iriam abandonar os outros ainda estavam pensando.

Ninguém subia todos estavam no CB tentando entender o que havia passado e penso no que fazer. Muitos já tinham se decidido a deixar a montanha como eu outro como Manoel queria saber o que ia acontecer. O sherpas não gosta de subir a montanha após mortes segundo a informação que me comentou Manoel.  Isso não é só aqui em qualquer lugar onde eles estejam trabalhando.

Logo após almoço e um banho merecido após 4 dias em altura. Convidou-me o norueguês para um a reunião de latinos para saber os planos de cada grupo. Estava cansado, mas mesmo assim fui e conheci um monte de gente de todos os lados Equatorianos, Argentinos, Chilenos, Hondurenhos, Bolivianos, etc.

Fui e quando me perguntaram sobre nós eu e Manoel, respondi por mim.

Falei qual era a minha decisão o que sentia e não me senti mal por isso. O Manoel não participou porque estava na barraca dormindo.

Em nosso jantar comente com ele sobre as decisões de vários grupos para ajudar a ele se enturmar com alguém, mas para subir.

 

24/9 - Dia 36- Uma noite como se merece. Finalmente consegui dormir bem após 4 noites difíceis pela altura e por todo o acontecido me senti seguro e confortável em minha barraca no CB.

Logo pela manhã já sai com o Manoel a ver qual seria os planos dos grupos para ver se ele conseguia encaixar com algum grupo.

Logo após a caminhada fui lavar roupa que estava muito feia poderia se dizer assim. Um dia tranquilo ainda com todas as turbulências dos dias anteriores, mais um pouco mais calmo que o normal.

Agora a pouco o Manoel me comentou que consegui uma dupla de escaladores um Australiano e um Israelita que também perderam seus parceiros e se vão unir a ele na tentativa do cume. Fico feliz por ele e espero que ele encontre o que procura.

Eu ainda não sei o que vou fazer aqui as coisas na base estão tranquilas para mim só acomodando equipo e esperando o tempo passar. Os dois noruegueses me perguntaram o que vou fazer se vou descer ou fizer um trekking. Ainda não sei me parece que tenho que estar por aqui por algum motivo não claro para mim. Espero que seja bom!!!

 

25/9 - Dia 37- Eu continuo com a organização das minhas coisas que trouxe dos campos altos, o Manoel continua buscando informação para quando subir.

O que noto de engraçado é que todos têm uma visão diferente sobre a montanha. Uns me dizem agora sim está montanha está segura, outros me dizem que a montanha esta zangada.

Não acho que a montanha está segura e também não acho que esteja zangada, só acho que esta foi uma situação pontuais onde diversas forças da natureza simplesmente romperam para entrar novamente em equilíbrio. Estive analisando as fotos, que tirei antes e depois da avalanche e descobri que o tamanho da avalanche. Existia muita energia pressa na montanha e atada por pequenos flocos de neve que caíram durante a semana inteira que estivemos aqui na base. As pessoas que se envolveram só estavam no lugar errado na hora errada. Questão de equilíbrio infelizmente eu já tinha conversado sobre este possível problema. Só não esperava estar tão perto dele. 

Na verdade toda têm medos, só o expressam de maneira diferente. Eu também tenho medo só que eu tenho medo de perder o que consegui com tanto esforço, tanta dedicação. Que é minha esposa, nossa casinha, minha cachorra e a vida tranquila que temos em Bariloche. Lugar que se tudo der certo vamos continuar aumentando nossa família.

 

26/9 - Dia 38 - Um dia mais no CB hoje terminei de lavar minhas roupas e coloquei tudo no sol que saiu pela manhã. Também comecei a organizar minhas coisas que estavam C1 e C2 que trouxe para baixo na segunda quando descemos.  Na verdade, é muito material que se utiliza nesta balada e coube a mim começar a organizar em barris onde são transportados.

Hoje pela manhã o Manoel veio com a notícia que eu tinha que tomar uma decisão subir ou gravar um relato em vídeo para explicar porque não quero mais escalar. Parece que ele conseguiu vender isso para o Fantástico e precisa amarar sua história. Não estou acostumado com todas estas coisas me deixa um pouco desconfortável. Mas é o preço por estar aqui!!

Mas tarde voltou a tentar a convencer de subir com ele, com um monte de informações novas sobre cordas fixas etc. Novamente tive que explicar para ele que minha decisão já tinha sido tomada no dia 23 domingo dia da avalanche que o que tinha decidido não mudaria. Pedi desculpas para ele e comentei que isso não seria possível.

Na parte da tarde fui com ele a umas reuniões de escaladores de vários países que estão querendo se organizar para uma possível data de ascensão para o final deste mês.

Conheci a vários escaladores de vários lugares do mundo entre eles um equatoriano chamado Ivan que já fez os 14 oito mil, uma pessoa muito simpática.

Também o australiano chamado Paul que vai subir com o Manoel e uma espanhola chamada Eva e uma Chilena Patrícia que conhece os meus amigos da Nols incluindo o Juanca.

Na verdade, esta parte do Nepal não me parece mais tão legal como antes, pois os sherpas e os carregadores já estão contaminados com todo esse capitalismo que existe nas montanhas do Himalaia. Na verdade, é uma pena, não se saúda com o Namaste como nos vilarejos todos tem presa ou não se importam com as pessoas que cruzam nas pequenas trilhas ou no glaciar.

Existem várias pessoas de todo lados do mundo, algumas são amáveis outras são frias. Com o acidente houve uma pequena interação entre as diferentes expedições por causa da necessidade de saber o que ia acontecer, pois a maioria das empresas foi ou está indo embora por causa de perca de pessoas ou porque os sherpas não querem voltar à montanha para escalar.

Nosso amigo norueguês, por exemplo, teve que ir embora, pois seus sherpas não quiseram realizar mais a ascensão. Ele se queixou para nós, pagou U$ 12.000 e não consegui realizar seu sonho. Mas também seu primo que estava com ele que também pagou a mesma quantia queria ir embora. Muito complicada a situação no geral.

Eu estou tranquilo com minha decisão acho que esse dinheiro que gastei já se pagou pela experiência que tive. Acredito que não me arrependerei depois quando estiver no conforto do meu lar. Minha decisão foi tomada em base a conversa que tive com a Anita antes de sair de casa. Onde deixamos resolvido que em novembro iríamos resolver o que fazer com relação à família. Sei que sou uma pessoa meio particular, mais gosto de organizar e isso é uma forma de organização para mim. Fiz uma promessa para mim e para a Anita que iria me cuidar.

Logo após o ocorrido as coisas apareceram para mim de uma forma muito clara. Não quero ariscar minha vida atrás de um sonho banal, sim minha vida está ligada a montanha aprendi muito como a natureza por isso quero está sempre seguro. E quero cumprir meu sonho de sim conhecer o Nepal sua cultura sua gente suas belezas naturais mais quero voltar para casa e contar para minha Nenita todas minhas experiências em nossa casita. Sou muito grato pelo que o Manoel e o Gilson me proporcionaram mais acho que não estou forte o suficiente para este desafio, acredito que foi muito pouco tempo de treino para mim me sinto muito inferior a esta montanha. Não quero parecer arrogante quero viver para contar minhas histórias para meus netos, adoro a vida que tenho por isso prefiro não penso arrisca-la nesta ocasião.

O Manoel deve sair amanhã para a montanha para seu destino, a ideia é tentar o cume no dia 01/10 fazendo uma sequência de C1, C2, C3, C4 sentido a cume retornando para o C2 para descansar. Se tudo correr como o programado devemos estar saindo BC sentido a Katmandu no dia 03/10.

 

27/9 - Dia 39 - hoje o Manoel mais seus novos parceiros subiu para o C1, eu fiquei por aqui com a responsabilidade de monitorar sua frequência de rádio e acompanha a subida desde o CB.

Eles saíram motivados espero que consigam superar os desafios da subida sem O² desde aqui eu desejo muita sorte para ele e para todos os que estejam na montanha. Amanhã devo ir até o C1 para retirar a barracas e os equipos que o Manoel vai deixar e trazer para a CB.

Caminhei pelo CB hoje e cada vez este mais vazio as expedições grandes com seus sherpas e as pequenas que contrataram apenas sherpas estão indo embora. É um ambiente confuso alguns discutem com seus sherpas responsáveis pela expedição queixando se que os sherpas de altura não querem subir e abandonaram a escalada. Outros simplesmente não discutem como foi o caso do Junior o norueguês que foi embora ontem pela manha.

Minha visão é que o sherpas por sua cultura se aproveitam do capitalismo moderno, onde essa tradição de não subir a montanha logo após mortes era uma tradição.  Por exemplo, os sherpas do Hason Brás empresa grande com muitos clientes e tradição está subindo com seus sherpas. Acredito que o fato de ter deixado o Everest em maio passado alegando segurança não o deixou abandonar esta expedição ao Manaslu, porque perderia total credibilidade no seu mercado das grandes expedições.

Também andei por onde antes havia outras expedições e encontrei alguns altares já não mais decorados com as bandeiras de orações e sim abandonados. Um ambiente triste, pois isso tudo ocorreu em apenas um mês de abertura da temporada.

 

28/9 - Dia 40 - hoje oficialmente dei adeus a minha escalada, subi até o C1 para buscar algumas coisas que estavam por lá. Já estava tudo resolvido em não subir, mas o problema é que ainda existia muita coisa na montanha. E com o sem o cume do Manoel as coisas deveriam ser retiradas dela o mais rápido possível. Então hoje subi para retirar minha barraca e algumas coisas do Manoel que estavam por lá. A ideia agora é que ele com o sem cume desça direto do C2 até a Base.

Subi em 3h sem carga e 1h pelo menos no C1 desmontando a barraca e acomodando tudo o que estava por lá. Também tive que trazer uma barraca do Paul amigo australiano parceiro do Manoel.

Como já não tinha pensado em voltar para o Glaciar, fiz questão de pedir permissão ao entrar na montanha me sentia como invadir um espaço que já não tinha direito de pisar. Por sorte foi tudo bem tudo tranquilo.

Voltei com quase 30kilos extras na costa. Acho que já estou um pouco cansado de carregar mochilas pesadas.  Na verdade, não vejo a hora de sair da base e voltar para o circuito do trekking do Manaslu e voltar a ver pessoas do Tibete que vivem nesta região. Quero colocar uma pedra nesta história de ascensão e cume etc. Fico aqui torcendo para que o Manoel consiga seu cume e que possamos voltar para os trekkings que me falta.

 

29/9 - Dia 41- hoje começamos a organizar os equipos que serão transportados até Samagaun nos próximos dias. A ideia é adiantar as coisas para que quando o Manoel desça tudo já esteja quase pronto. Separamos um barril de gás e outro de comida liofilizada sobrou muito também, não sei onde é que o Manoel errou nas quantidades. O que tenho certeza é que tive que levar essa porra para cima e para baixo um par de vezes.

Eu aproveito os dias e as noites lindas para tirar fotos isso me distrai e me faz com que o dia passe, mas rápido. Conversei com o Manoel às 15h ele tinha chegado no C3 muito cansado não sabia como ia fazer para ir para o C4. O objetivo deles é subir amanhã para o C4 e já na madrugada sair para o Cume. Esta é a noite de algumas pessoas que já estão adiantando com relação ao Manoel ou saltaram um campo. Desejo sorte para eles espero que tudo dê certo. Acho que os clientes de empresa grande devem ser os que vão tentar hoje. Vi de longe três monges fazendo orações para os montanhistas.

Bom com certeza amanhã vai ser um dia de muita gente contente por aqui.

 

30/9 - Dia 42- Dia de alegria no acampamento equatoriano, hoje quando sai para buscar informações sobre como vai estar o clima para estes dias que seguem acompanhando a Patrícia Chile que estava deixando o BC por terem abandonado a expedição. Fomos até o acampamento do Ivan e dos outros três escaladores que estavam na montanha. Tivemos a chamada de rádio que informava que haviam chegado ao cume do Manaslu. O Ivan um senhor já de uns 50 largos se emocionou com a chamada foi bem legal.

Neste ponto entendi e me pus menos crítico comigo com relação a treinamento, conversando com o Ivan sob que este é o cume de um projeto de mais de 3 anos. Para mim que cai de paraquedas nesta história a menos de 10 meses até que não está mal. É que às vezes me sentia meio que fraco com relação ao projeto que o Manoel desenhou. Melhor que estava nos planos dele já algum tempo. Acredito que minha falta de desempenho tenha sido por não ter ideia do tamanho do problema que é subir uma montanha como esta.

Fico feliz por ter tido a oportunidade de estar aqui, agradeço ao Gilson e ao Manoel por esta boa oportunidade. Tomara que o Manoel esta madrugada e dia consiga realizar o cume acredito que seria muito importante para sua Carrera.

Eu como já escrevi antes acima, estou muito feliz por ter finalmente conhecido o Himalaia e toda sua cultura. Espero um dia voltar para poder mostra isso para Anita.

Hoje mais expedições começaram a sair da montanha, o cenário está ficando desértico.

Algumas de nossas coisas já foram levadas para baixo, incluindo muito do meu equipo de alta montanha.

Hoje também fiquei sabendo que o Ministério do turismo recebeu preção da França para a busca dos corpos dos três desaparecidos. Subiram 4 Sherpas para tentar encontrar o lugar onde poderiam estar. O problema que como já faz quase uma semana o trabalho fica muito difícil, pois toda neve que caiu já se compactou e será o mesmo que cavar concreto.

Espero que os sherpas tenha sorte, pois acredito que isso foi um pedido das famílias francesas que quer seus filhos voltem para casa. Isso às vezes é possível às vezes não, por isso acredito que se for colocar a vida de outras pessoas em risco por buscar corpo não é justificável.

Não consegui me aguentar e baixei para Samagaun, na verdade estou há quase um mês a 5000m ninguém merece. Estava esperando o comunicado do Manoel que nunca chega com um monte de coisa na cabeça para resolver.

Sim desci e acho agora que foi o melhor para mim e para minha família. Consegui mandar um e-mail para a Anita com meu diário e tentei mandar o vídeo mais não rolou. Também falei com meus pais senti que minha mãe ficou contente de saber de mim. Meu Pai como sempre sério fazendo pergunta pertinente igual se abriu em um momento que tinha acompanhado tudo pela televisão.

Bom parece que está tudo bem por lá minha mãe segundo meu Pai já está caminhando isso é muito bom. Fico feliz por esta notícia.

Não liguei para a Anita por que com este e-mail que Le mandei tem muita coisa a fazer. Neste domingo que apenas começa na Argentina.

Aqui em Samagaun foi divertido, pois eles não falam um bom inglês e eu não o falo também mais isso para mim era o que precisava. Uma mudança de ar. Por dios chega de campo Base.

O Manoel deve estar se preparando para o grande dia que começa essa madrugada. Estou torcendo que dê tudo certo para ele e para equipe de arrumou na última hora.

Eu até tomei uma cervejinha para comemorar antecipado. Boa sorte galerinha!! E até amanhã!

 

01/10 - Dia 43- De volta à base depois de uma subida infernal, já tinha me esquecido desta subida. Minha comemoração se transforma em ansiedade, sai de Samagaun cedo depois de um copo de leite com chocolate. Antes consegui uma chamadinha para a Anita em casa antes de ela ir dormir. Que bom, pois assim sei que lê deixei espaço para um sono mais tranquilo.

Por outro lado, eu que pensava em chegar à base e ter notícias do cume do Manoel. Mais não foi assim tive, mas notícias que ele e acredito seus amigos não saíram para o cume esta madrugada do C4. Pelo que entendi com as informações o Sherpa que é responsável pela base eles ficaram um dia e uma noite mais no C4. É difícil de entender que o Manoel tenha tomado esta decisão sabendo que a 7400 onde está o C4 o corpo não se recompõe mesmo com água e alimento. Espero que tenham sorte também com o clima, pois me parece que está por mudar, isso é aumentar o vento e se fecha a janela.

Aqui na base pela falta de notícias às coisas andam meio tensas, o clima também já não é o mesmo. Logo após o almoço tive que descasar um pouco de minha subida. Fui até o acampamento dos Equatorianos para perguntar sobre o Manoel. O único que me comentaram foi que o encontraram quando desciam do C4 logo após terem feito o cume.

Que estava bem e que a ideia era subir para o cume nesta mesma madrugada do dia 01 como estava programado.

Perguntei se faltava muito e que horas era isso. Me responderam que era às 16 hs e que deveria faltar 1 h para o C4.

Não concordo com esta tomada de decisão do Manoel acho que ele está se arriscando demasiado. O corpo não está para este esforço desnecessário. Espero que resulte, pois do contrário vai ser muito difícil não só ele subir como também descer do C4. Outra situação confusa foi que um sherpa de uma americana que é vizinha de acampamento nos trouxe uma barraca que estava no C2. Pergunte e me parece que o Manoel emprestou com a condição de eles baixarem ela, pois ela teve a barraca arrancada pelo vento no C3 antes de fixar as estacas.

Agora o Manoel tem uma barraca no C4 pelo que entendo não sei se tem mais alguma com seus amigos de escalada.

A espanhola Eva que estava com eles parece que fez cume ontem também junto com os equatorianos. Não sei se segue com o Israelita e o Australiano, acredito que pelo menos o Paul o australiano sim, pois ele não tinha as datas curtas para voltar a Katmandu.

 

02/10 - Dia 44- Mais um dia no CB e sem notícias do grupo, já são as 11 h da manhã e não se sabe se eles subiram ou se eles estão descendo. Acredito que seja mais fácil essa notícia chegar ao Brasil que para nós aqui. Como ele levou o telefone satélite para passar as informações para a web e bem possível que esteja sem as duas baterias de reserva para o rádio para falar conosco. Mas é difícil que o satélite esteja sem bateria.

 Na verdade, é um saco ficar aqui sem informação sobre o que está acontecendo. O clima mudou radicalmente e está chovendo não sei como está acima mais aqui está frio e uma chuvinha fina.

Ainda continua a retirada de todos os acampamentos o lugar está ficando um deserto.

O tempo que estou aqui na base, vejo como se relacionam os sherpas e seus códigos. Eles sobem bem cedo do Samagaun acredito que entre 5 e 6 da manhã já com um destino predeterminado. Já sabem onde devem ir para buscar sua carga para levar para baixo.  O que chama muito a atenção é que eles levam um peso superior à sua capacidade física, muito difícil de imaginar como é que equilibram. Não é difícil admitir mais se não estivesse aqui este cara o montanhismo seria muito diferente.

A cada final de expedição isso acontece eles aparecem uns são novos outros são bem velhos, muitas mulheres que ficam desfilando pelo acampamento gritando com uma vos fina e que incomoda. Às vezes tenho que colocar o fone para não ser tão molesta.  Outra coisa que percebo claro porque não entendo nada o que ele fala é que os sherpas que estão em postos melhores no acampamento como o nosso ficam provocando as meninas que sobem e se matam de risadas. É como a movida da manhã para todos os sherpas da base.

Acabo de receber a notícia do Israelita que subiu com o Manoel fez cume ontem e que achava que o Manoel e sue companheiro o Australiano tinha entrado em contato. Na verdade, é cada vês mais confuso as informações. Em uma ele sobe com mais 3 pessoas sendo que teoricamente duas delas já fizeram cume e já estão na base. E ele com seu plano de subir tentar o cume dia 01 não se concreto.

Meia hora depois aparece a Eva para me dizer a mesma coisa. Ela estas descendo faz 02 dias, pois fez o cume no dia 30 e só hoje consegui chegar aqui na Base.

Enquanto isso quando não chove ando pelo acampamento e observo as pessoas que vem e vão. Na verdade, é a única coisa que se pode fazer por aqui além de escutar música e escrever no computador. Uma coisa que quero deixar bem claro é a companhia que me faz o computador, com ele consigo ver fotos de casa com a Anita e isso me deixa bem contente. Claro que na barraca tenho uma foto dela também mais é que a computador tem muito mais coisas. Estou um pouco cansado desta rotina espero que o Manoel desça logo porque se não vou me mandar. Terminar o trekking ou mesmo voltar a Katmandu. Não fui feito para estar assim parado esperando.

Teoricamente nosso dia de partir seria amanhã acredito que isso não será possível, pois se ele descer amanhã não terá forças para nada.

O único me alegra do dia de amanhã é que daqui a 4 semanas neste dia estarei chegando em casa. Sim estou contanto os dias.

Ultimas noticias, recebi contato de rádio do Manoel acredito que deve estar no C3 informando que não conseguiu fazer cume e que deve estar por aqui na CB amanhã. Infelizmente não foi possível, l ainda não sei os motivos mais o importante que ele está bem e parece que seu companheiro de barraca também. Só saberemos mais amanhã quando ele chegue.

 

03/10 - Dia 45- Manha tranquila as 9 h logo após uma ducha recebo a Mensagem do Manoel que está no C2 nos avisa que vai descer para a Base. Parece-me meio que cansado em sua vos. Me diz que está super cansado e me pede que se possível suba para o C1 para ajudá-lo a descer, informo-lhe que parte de meu equipo já havia baixado e que não sei se poderei dar este suporte. Percebendo algo de estranho na sua vos resolvo subir ao C1 para ajudar, não tinha parte de equipo técnico, mas consegui emprestado de um sherpa do acampamento próximo.

Sai como as 9:30 com o objetivo de encontrar com eles no meio ou no início do glaciar, coisa que não aconteceu, pois o dois só saíram da barraca as 12 h. como não tinha informação sobre esse horário subi disposto a encontra-los antes do C1. Eu tinha baixado do C2 a C1 em menos 2 h. Mas como os dois já estavam meio que avariados pelas duas noites a 7.400m imaginei que os tempos seriam um pouco maiores.

Durante o trajeto o clima começa a mudar e como seguia sem contato com o Manoel segui subindo. Me parecia estranho que não os avista-se ou mesmo que eles não tivessem chegado ao C1.

Sim, mais uma vez tive que pedir permissão a montanha. Eu tinha já terminado com esta parte da escalada e prometido não voltar a subir. Mas como foi para ajudar novamente tive que quebrar minha promesa e voltar a subir. Como nevo durante a noite o glaciar parecia outro as cordas de segurança estavam todas enterradas e as gretas do caminho muito mais abertas e difíceis de transpor.

Não havia ninguém na montanha tudo está em silencio, eu pensava onde é que estão estes dois. E continuava subindo lentamente, tentando visualizar algo, pois em pouco tempo não se podia ver mais o caminho com as nuvens baixas.

Mas segui e deves enquanto o Rindi o Sherpa que era o responsável pelo BC me chamava no rádio para saber se tinha alguma notícia.

Com a piora do clima na minha cabeça passavam milhões de situações, a única coisa eu queria era voltar logo para a segurança da base. Mas sabia das dificuldades que eles estariam passando tentando descer do C2 lugar que conheço bem.

As 13 h eu estava no C1 sem nem um contato mais com o Manoel, para isso o clima já estava transformando em uma tempestade. Minha sorte é que a barraca do Paul ainda estava lá. Essa era a informação que eu trabalhava para minha segurança.

Fiz uma busca no C1 onde havia muitas barracas abandonadas, encontrei comida uma panela gás e consegui fazer água.

Me alimentei e me hidratei com o que tinha encontrado, mas o que tinha na barraca do Paul, o clima cada vez pior. Estive esperando por sinal de vida deles por várias horas. As vezes sai e fazia barulho com metal para chamar atenção. Meus contato com a base eram periódico onde conversava com o Rindi alguns momentos e com outro sherpa.

Por volta das 15 h Rindi me diz que enviaria dois sherpa para busca-los. Me pergunto qual seria meu plano e como estava o clima no momento no C1.

Minha resposta foi não sabia o que responde sobre os sherpa, que meu plano era ficar lá até as 17 h e que o clima estava terrível. Imagina tudo isso por rádio em inglês “por dios”.

Para me esquentar sai da barraca e comecei a liberar a neve que acumulava. Fiz isso durante alguns minutos mais logo a neve e o vento aumentaram e me deu mais frio que calor.

As coisas passavam na minha cabeça e me recordava de algo tinha escrito, sobre porque eu não deveria ir embora e que fosse algo bom. Aí estava eu a 5.700m no C1 esperando a dois perdidos que não tinha notícias a, mais de 5 h.

Mais ou menos as 16:30h tenho no visual a duas criaturas que se rastejam pela neve e o vento forte. Sim eram eles que estavam chegando ao C1.

Estavam transformados pelo cansaço e pela neve que os deixava meio que com uma cor de fantasmagórica. Avisei a Rindi que estavam por lá e que não envia-se sherpa por pedido de Manoel.

Entraram na barraca e se alimentaram e se hidrataram e após uns 40 minutos os motive a sair e prosseguir até o BC.

Qual era o cenário o Manoel estava acabado sem a minha condição de esforços extras, tossia e com o Paul resolvemos que o melhor seria descê-lo. O Paul com a perca de altura hidratado se sentia um pouco melhor.

Como aparte do meu equipo já tinha baixado eu fui com uma mochila pequena de 60lts. Mesmo assim conseguir colocar uma parte do equipo e as coisas pequenas e pesadas que estavam com eles.

O Manoel estava muito cansado com uma aparência de desgaste importante, mesmo assim quis descer com sua mochila. Antes se alimentou com o que tinha na barraca do Paul, também se hidratou. Como já tinha deixado a barraca quase pronta para desarmar foi bem rápido o feito. E em minutos já estávamos caminhando sentindo ao CB.

A descida foi difícil por causa da quantidade de neve acumulada neste tempo que subi, já não encontrava mais minhas pegadas nem as cordas fixas. Como os dois estavam muito lentos pegue a mochila do Manoel e continue com a missão que me foi imposta de encontrar a trilha no meio do glaciar e as cordas fixas para nos dar segurança. Tarefa que não era fácil, pois tinha que encontrar o caminho em meio à tempestade.

Já levamos umas 2,5 hs de descida infernal encontrando as cordas enterradas pela neve que não parava de cair recebemos a informação que um sherpa da equipe do Paul, subiria para nos encontrar. A coisa foi assim até encontrar o sherpa do Paul que subiu para ajudá-lo com a mochila para isso já se fez noite.

Com a chegada do Sherpa o peso da minha responsabilidade se dividiu em dois, pois o Paul poderia ser ajudado com sua mochila e a trilha para baixo estaria aberta. O único problema eram as gretas do caminho que no estado que estava o Manoel me preocupavam. O sherpa passou para a frente seguido do Paul e o Manoel na sequência, eu fiquei na retaguarda ajudando o Manoel que caia muito por cansaço e falta de equilíbrio. Em determinado momento tudo parou escutei o Paul gritar que o sherpa havia caído em uma greta. Sim, são muito fortes só que estava sem os crampons e sem arnês (solto no Glaciar), imediatamente fui para a frente do Paul que estava parado sem reagir. Era uma greta grande com um muro no meio onde ele sem o crampons escorregou e ficou entalado graças a mochila grande do Paul. Salte para o muro do meio e consegui passar a corda para que ele conseguisse voltar a superfície. Foi só um grande susto quase no final do glaciar. Só conseguimos chegar à CB as 20:30 hs onde o Manoel se desmorono completamente. Acredito que se não tivesse subido a história seria outra. Mais isso é minha opinião, entre alguns comentário dos dois sobre o meu desempenho.

Talvez essa fosse minha missão que não tinha claro porque não sair da base até terminar a expedição.

 

04/10 - Dia 46- Tivemos que acordar mais cedo, hoje é o dia que acaba a expedição. O Manoel ainda está em sua barraca. Não se sente bem e não sabe o que tem. Bom se ele que é médico não tem um diagnostico quem sou eu para saber. Só tenho teoria que exaustão, mas só é uma teoria.

Tiver que motiva-lo a se vestir a separa as coisas para a mochila do trekking que vamos usar nos últimos dias de trekking. Além de ter que organizar todo seu equipo em barris e em bolsos que serão transportados para Katmandu.

A descida não foi fácil o cara parecia que estava bêbado e parava muito e isso nos levou muito tempo a chegar a Samagaun. Quando chegamos comemos algo e ele foi dormir, enquanto eu tento escrever, pois sempre aparece alguém para perguntar ou para tentar resolver problemas que são do Manoel. Por exemplo, o Paul veio me perguntar sobre um fogareiro que ele dois emprestaram no C4 para derreter neve. E isso eu tenho que resolver coisas que nem tenho ideia.

Espero que esteja ativo logo, pois não estou como muita paciência para ficar cuidando de doente. Ademais esta doença causa por teimosia de obsessão ao cume. Onde além de colocar a vida dele e de seu novo amigo em risco me envolveu em uma operação de resgate noturna. O sherpa que subiu para nos ajudar caiu em uma greta quase no final do glaciar, apesar de estar sem crampons e não usar a corda fixa com um mosquetão acho que seria uma pena se machucar para tentar ajudar os dois.

Hoje lê cometei sobre os riscos e os erros que acho que ele cometeu não sei se ele gostou ou não só acho que deveriam ser ditos por alguém.

 

05/10 - Dia 47- mudança de planos novamente o Manoel teve que voar para Katmandu com um possível caso pneumonia. Não passou bem a noite com febre e com um cansaço fora do normal. Por isso achou melhor voltar antes para Katmandu.

Eu como estou me sentido bem resolvi seguir com o trekking o australiano Paul que estava como parceiro do Manoel agora me acompanha no trekking. Este trekking deve durar 4 dias incluindo o de hoje, eu pendo voltar a Katmandu no dia 10. O Paul tem outro plano para sua travessia, igual também não está tão bem fisicamente pelo menos hoje no estava.

Saímos cedo de Samagaun por volta das 10 h e caminhamos até o local de almoço que foi em Samdo outro vilarejo que está próximo à fronteira do Tibete gastamos 3h de caminhada. Encontramos lá com a senhora Canadense que era companheira de acampamento. A mesma que mencione que era Americana e que tinha voado sua barraca no C3. Ela comeu com a gente, pois se fez amiga do Paul e do Manoel. Essa senhora me fez lembrar-se da Elena do Zaza (um amigo de Bariloche). Ela vai ficar na região esperando outra senhora que estará na região para fazer trabalhos sociais.

Depois de uma pizza meia boca que demorou uma hora e meia em sair. Saímos caminhando em direção ao nosso destino final do dia Dharamshala (larke Phedi) a 4.470 m. chegamos por volta das 5h e nos estalamos em umas barracas tipo militares grande porque o lodge estava lotado.  A caminhada é muito bonita contornando o Manaslu cheio de lugares para tirar fotos.

O Paul é australiano com a mãe Chile por isso ela fala um pouco de espanhol, este meio cansado acredito como o Manoel só que a tosse não o incomodou tanto.

Nosso plano amanhã é subir até o passo que está a 5.100m e descer até o vilarejo de Bimtang a 3.720m onde deixaremos a alta montanha e nos deslocaremos nos próximos dias cada vez, mas baixo em direção a Katmandu.

 

06/10 - Dia 48- Saímos às 8h com o dia lindo por sorte, porque durante a noite como não estou com o meu saco de dormir me emprestaram um cobertor no logde que ficamos. Na verdade, não é nem um logde é um acampamento bem rústico a 4.460m onde existem alguns quartos e umas barracas grandes. Como chegamos tarde já não tinha mais lugar nos quartos.

A noite foi muito fria e acordei várias vezes a noite tentando me cobrir com o tal coberto que era bom só que um pouco pequeno.

O Paul como está com seu material não sentiu nada de frio, isso para aprender, pois escutei o que o Manoel me falou que teríamos cobertores nos logde.

Fizemos a caminha até aqui em 7h com um passo de 5.106m. No final eu já estava muito cansado até cai e bati meu joelho em uma pedra mais acho que não é nada foi só o susto.

Em Bimtang a 3.720m encontramos melhor estrutura com muitos logde novos onde se tem, mas serviços de telefone, restaurante, etc. Este onde ficamos tem até banheiro dentro do quarto.

A paisagem muito bonita com glaciares gigantes coisa que eu nunca tinha visto igual, chegando a Bimtang vi os maiores glaciares de minha vida. Na verdade, são três que desce e depois se unem no final do vale impressionante.

 

07/10 - Dia 49- Finalmente um banho após 3 dias sem condições por frio ou por impossibilidades gerais tipo falta de estrutura. Estamos em Tilche a 2.300m em um vilarejo bem simples onde encontramos um pequeno logde com banho quente. Na verdade, sei que se continuamos descendo vamos encontrar, mas estrutura é que de depois de 30 dias de CB tudo é raro e tem valor especial até mesmo um simples banho com água quente já é tudo uma novidade.

Nosso objetivo era um povoado, mas abaixo, mas tivemos que parar porque esta tarde e estamos cansados. Os vales são gigantescos e caminhamos praticamente o dia inteiro. Só paramos para comer em um vilarejo intermediário. A ideia é chegar amanhã a um vilarejo que se chama Jagat. É um vilarejo onde segundo o Manoel conseguiremos um transporte até outro local onde conseguirei um ônibus para Katmandu. Mas para isso ainda falta bastante é melhor pensar em caminha tranquilo sem me machucar. Quero estar em Katmandu no dia 10 quero falar com a Anita e saber como está tudo em casa e com ela e seu exame.

 

08/10 - Dia 50- Depois de uma menos de uma hora de caminhada chegamos ao cruze das trilhas do Manaslu e do Annapurna. O trekking do Annapurna é muito mais conhecido e por isso encontramos com muitos trekkers o vilarejo se chama Dharapani onde existe também um centro onde controlam os permisos de trekking dos dois circuitos. O circuito do Manaslu ainda é pouco conhecido, mas se nota nos vilarejos a quantidade de Logde novos que estão construindo, isso mostra que logo se tornara popular também. Após 6h de caminhada chegamos a um vilarejo onde tinha os jeep para o transporte. Na verdade, o estava já cansado de caminhar e como o caminho em parte está em obras para estradas não desfrutei muito. Tardamos 4:30h em descer de Jeep o caminho está muito ruim. Só chegamos à noite pela estrada ruim e ônibus quebrado no meio de uma subida impossível passar. Dentro do nosso Jeep vinham populares locais também então era uma bagunça de idiomas e uma música insuportável que em todos os lados se toca, acredito que seja o ritmo do momento. Na verdade, parece que a música não termina nunca é muito enjoativa talvez pela vos da cantora. Em um momento quando descemos do Jeep para esperar o ônibus quebrado se removido tivemos a vista do Annapurna no final de tarde. Uma surpresa porque não esperava velo mesmo de longe me pareceu impressionante.

Essa noite passamos em uma pousadinha que está quase no final do vale.

 

09/10 - Dia 51- Logo após o café da manhã eu e Paul nos despedimos, pois cada um tinha um destino eu Katmandu e ele foi para uma outra cidade no vale Pokhara para o lado do  Annapurna.

 

Minha viaje foi bem loca em um Van lotada de gente por mais de 6h até Katmandu, onde no final peguei um taxi até o Thamel onde fica o hotel que tinha ficado com o Manoel.

Estava muito cansado e estava com muita vontade de ver Anita por internet. Por isso parei em um restaurante próximo ao hotel e comi um frango com batatas. “Por dios” quanto tempo não comia algo diferente de arroz com legumes ou maçarão com legumes. O problema é que todos têm os mesmos temperos e isso é difícil depois de mais de um mês de estrada.

Consegui conversar bastante com a Anita e isso foi muito bom para mim e para ela também, pelo menos me pareceu mais tranquila depois. Ah! Antes rolou um banho com roupa e tudo, pois minhas roupas estavam muito sujas. Durante a noite voltamos a voltamos a conversar também liguei para a casa da minha família e falei bastante.

O dia foi de muito marasmo porque estava com sono e preguiça só conversei com a Anita e baixe os e-mails para ver se tinha algo urgente para responde. Entrei em contato com o Manoel só durante a manhã seguinte a minha chegada e marcamos um jantar. O pessoal do Chile e Equador nos convidou para uma festa de despedida onde nem eu nem o Manoel fomos por preguiça.

 

 

10/10 - Dia 52 - Estou meio confuso com o que eu fiz entre ontem e hoje minha chegada e as coisas e horários mais acho que é normal, foi muito tempo fora do ar.

Esta manhã fui até a casa do Rindhi para buscar as coisas que tinha chegado da expedição. Logo no começo fiquei chateado porque nos comentou que uma mula havia caído no rio e morreu. Isso não acontece sempre mais é chato, sei que não é culpa minha, mas não deixa de me incomodar.

Ajudei o Manoel a organizar as coisas dele que ficam na casa do Rindhi, pois aluga um quarto ali. Depois voltamos para o hotel onde tinha que começar a organizar as minhas coisas que estavam em três bolsas diferentes. Fiquei a tarde inteira checando e secando as coisas que voltaram da expedição. Também já separei as coisas que pretendo levar ao trekking do Everest quero estar tranquilo para poder fazer algum passeio amanhã aqui em Katmandu.

 

11/10 - Dia 52- Katmandu!! 

 

12/10 - Dia 53- Logo cedinho falai com Anita durante quase 2h logo após como recomendou Manoel hoje fui fazer uma Visita a Patan uma cidade próxima a Katmandu onde estão as construções antigas da época que não existia Katmandu e sim um reinado. É uma cidade muito interessante, pois toda sua arquitetura está feita em madeira e barro (tijolos) ou em pedra trabalhada. Como sempre tirei muitas fotos, o lugar está sempre repleto de turistas.

Fui e voltei de taxi estive por lá toda uma manhã, na volta passei por uma loja para comprar uma bota acredito que vou ter que usar, pois a minha já está apresentando sinais de fadiga.

O Manoel passou pela tarde no hotel para buscar suas coisas que estavam no meu quarto.

Sai para comer próximo ao hotel apesar dos dias serem de descanso estes passeios me cansam com o calor.

 

13/10 - Dia 54- Visita Baktapur

 

14/10 - Dia 55- Chegada do grupo visita as lojas.

 

15/10 - Dia 56- Passeio por Katmandu a caminha por Thamel.

 

16/10 - Dia 57 - Visita a Pashupatinath e Boudhanath visita a loja da chona.

 

Inicio do Trekking Campo Base Everest

 

- Distancia: 126,51 km

- Desnivel positivo: 9.589 m

- Dificultad técnica: Moderado

- Desnivel negativo: 9.592 m

- Altitud máxima: 5.568 m

- Altitud mínima: 2.548 m

- Tipo de ruta: Circular

 

17/10 - Dia 58 - O dia começo muito cedo as 3:30 o relógio me desperto. Na verdade, não estava com um sonho muito profundo, pois estava preocupado com o horário que tinha que chegar até o Hotel onde ele estava hospedado as 5 da manhã em Katmandu. Felizmente consegui um taxi e o guie até o hotel. Ele não conhecia o hotel pelo nome ou a minha pronuncia de inglês no ajudava. O aeroporto é uma bagunça típica do Nepal se forma uma fila logo no inicio onde cada empresa de turismo tenta chegar mais cedo para conseguir embarcar no horário previsto. O voo é uma aventura a parte desde o aeroporto quando saímos em um pequeno avião com capacidade para 15 pessoas. Sobrevoando Katmandu e as montanhas ao redor. O clima não ajudou muito não pudemos ver a cordilheira que estava por detrás das nuvens. O pouso é em uma pista inclinada que deve ter no máximo 500metros isso é tudo ou desce ou desce. Todos os clientes ficam tensos, mas não do tempo para muita coisa logo o morro cresce e a cidade chega e por sorte ele para. Chegamos a Lukla 2800m foi Bem legal e lindo.

Após o café da manhã iniciamos o trekking que duro 4h até o almoço e depois duas horas mais já estava no Lodge. Lukla e acredito do o circuito do Everest estão muito mais explorados turisticamente. Não vou encontrar o que encontrei no trekking do Manaslu, aqui as coisas já estão muito avançadas. Segundo o Manoel é a região onde se muito mais riquezas entre os sherpas que vivem aqui. Muito mais gente, muito mais comercio não só de turista como de animais e sherpas de um lado para outro.

O que eu gostei é que sua arquitetura de casas e vilas ainda segue o mesmo estilo isso representa boas fotos.

Vamos ver o que nos espera amanhã, quais serão as surpresas que o caminho nos apresentará. Isso foi só o primeiro dia de muitos que virão.

Nossa noite foi em Monjo 2.835m em um lodge bem simples, mas com uma boa cama para poder descasar.

Hoje é dia 17 de outubro de 2012 e estamos por completar 11 anos de caso espero que Anita esteja passando bem com Cinti em casa. Que tomem um vinito por mim......

 

18/10 - Dia 59 - hoje a caminha foi tranquila até o vilarejo de Namche Bazar 3440m aonde após 4h de caminhada chegamos para almoçar. ̷

É como eu tinha visto nas fotos dos livros que li uma cidade que está metida no meio da montanha com uma lista maravilhosa das montanhas.

Tive minha primeira vista do Everest bem longe mais bem visível, na verdade achei que iria me impressionar mais, mas não foi assim na verdade foi quase que comum quase que mais uma montanha apesar de saber que é a mais alta do mundo. Pode ser que as coisas sejam diferentes nas próximas visões.

Como o grupo vai indo tudo mais ou menos que sorte que não estou trabalhando. O Manoel está tendo problemas com uma cliente muito chata que está no grupo. A também conhecida como curva de rio. jajaja

O resto do grupo é de pessoas razoavelmente normais. Dois amigos gaúchos que gostam de festa apesar da idade. Um carioca bem legal, uma paulista japinha, uma amiga do Manoel das antigas e outra moça muito tranquila que quase não se escuta sua vos. A loca que está causando problemas para o Manoel.

Bem variado o grupo como sempre.

 Neste Lodge te internet vou ver se mando noticia hoje para o Brasil.

 

19/10 - Dia 60 - hoje foi um dia relativamente tranquilo com uma trilha bem batida no começo e com menos turista que o circuito convencional. Este é uma extensão que o Manoel faz para aclimatar passando uma tarde em um mosteiro e depois uma noite em um vilarejo mais simples onde vivem de agricultura.

No monastério está em cima da montanha onde vivem um monge e uma monja que cuidam do lugar. Nós comemos aí uma sopa e umas batatas com manteiga e sal no almoço e durante a tarde o Manoel conduziu uma meditação. Alguns clientes se prenderam bom eu não participei porque não estava muito a fim. Estava em um lugar muito lindo com uma vista impressionante não precisava de condução para viajar em meus pensamentos.

Foi uma tarde bem legal os monges bem tranquilos na forma de falar e de nos tratar. Avista de onde está o monastério é muito linda em frente ao monastério está o Kondge 6530m.

Vamos ficar aqui no vilarejo de Thamo 3440m em um lodge bem simples.

O grupo está melhor hoje pela manhã a Olivia a mulher problema veio fazer as pazes com o Manoel e abraço o Dorge Sherpa. Acho que ela tem problema de bipolaridade na verdade é muito estranho seu comportamento. Espero que se controle um pouco mais, pois é uma pena estar aqui e ter tantos pontos negativos. Os demais estão sempre contentes e felizes por estar aqui e contente com o trabalho do Manoel.

Hoje pode ver parte do Ama Dablam 6.814m parece realmente que é uma montanha muito bonita como todos dizem. Espero vela amanha de outro ângulo para tirar minhas conclusões.

Ontem consegui conversar bastante com mi amorzito foi muito bom escutar sua vos e saber que está bem.

 

20/10 - Dia 61 - hoje saímos de Thamo e voltamos parte do caminho até uma ladeira que leva a um mirante do Ama Dablan 6.814m, Lhotse 8516m e Everest 8.850m. O desnível é de 700 metros com uma subida fora de trilha, mas com uma vista maravilhosa.

O grupo se dividiu em dois, pois algumas pessoas preferiram subir pela trilha normal.

Chegamos às 14h no vilarejo de Khunde 3.840m um vilarejo onde existe um hospital que foi doado por Edmund Hillary em agradecimento a povo Sherpa e nepalês por suas expedições.

Também está fora do circuito tradicional do turismo que entram para fazer o trekking ao Everest. É um povo que ainda vive de agricultura está muito próxima a Namche Bazar.

O grupo se comportou muito bem não ouve muito stress entre os membros.

Já aprendi os nomes dos membros do grupo Carioca Bernardo, os Gaúchos Thel e Otavio, a japinha paulista Carolina, a outra Paulista e a Solange, a de Fortaleza e a Raquel, a encrenqueira é a Olivia, depois vem a Rox que é belga amiga do Manoel.

Bom até que não demorei muito para saber os nomes de todos! Isso não é normal. Ontem e hoje os Gaúchos me convidaram mate com erva Argentina matou um pouco a saudade de casa. Claro que preferia tomar unos mates a “La Brasileira com mi amorzito”.

Hoje começo a me organizar para saber como vou sair daqui preciso de um plano, pois o grupo tem alguns dias mais de caminhada. Devo fazer pelo menos dois dias a mais de caminhada que o grupo. Isso é o que o grupo vai levar 4 dias eu tenho que fazer em 2, mais tudo bem já sabia que teria que fazer isso só preciso me organizar para não me perder no caminho. Estou contente porque isso é um bom sinal, pois estarei me preparando para voltar para casa.

 

21/10 - Dia 62 - Mas um dia de trekking por vales na região do Everest. Hoje caminhamos até o vilarejo de Dhole 4100m na verdade é mais um conjunto de lodge que um vilarejo, entramos já está no vale de Gokyo. O vale de Gokyo é um vale paralelo ao vale do Khumbu tradicional vale de acesso ao campo base do Everest. O Vale do Gokyo é o vale que leva ao Cho Oyo 8201m a sexta montanha mais alta do mundo. Hoje conseguimos ver parte do Cho Oyo que aparecia já no final do vale.

Boa parte da caminhada estávamos vendo o Ama Dablam uma vista espetacular, consegui boas fotos. A outro conjunto de montanhas que se destacam que se chama Thamserku 6.618m e o Kangtega 6.783m.

O grupo se mantém unido no geral com boa forma física e boa aclimatação. Apenas a Olivia como sempre é a que causa uns pequenos contratempos com diferentes pessoas do grupo.

Eu prefiro ficar sempre longe dela para evitar contato na verdade me dá pena é uma pessoa muito pequena em seu interior. Sempre que estar em evidencia mais todo o grupo já a repele. Fiz uma aposta com o Carioca Bernardo para não ficarmos mais cometendo o hábito de fala mal dela. Cada vez que um falar sobre a Olivia terá que pagar uma cerveja para o outro.

Acho que ela tem seu papel no grupo talvez seja uma maneira de um melhor sua forma de tratar os demais. Por isso prefiro não estar próximo e não quero nem falar sobre ela. Espero que ela encontre o que veio buscar aqui.

Saudades de casa!!!

 

22/10 - Dia 63 - dia curto mais com bastante altura. O grupo está mais ou menos alguns estão sentindo a altura e outras com gripe e garganta complicada. Eu como faz tempo que estou viajando fico cada vez mais longe deles principalmente dos gripados.

A trilha do Gokyo muito bonita com muitas montanhas nevadas. Estamos em no vilarejo Machherma 4.470m chegamos para o almoço. Na parte da tarde fomos até uma serra que está atrás dos logde para melhorar a aclimatação. Eu sai, mais cedo porque me parecia que o clima ia fechar e não conseguiria boas fotos. E foi assim cheguei a 4900m só quando parte do grupo chegou eu já baixava com as fotos do Cho Oyo e Everest.

Minha aclimatação me parece que está boa, pois como estive muito tempo no Manaslu os dias que estive em Katmandu não perdi a aclimatação. Devemos chegar a Gokyo amanhã!

Falta pouco para eu ir para casa estou ficando ansioso. Meu plano é no dia 27, dia que o grupo sobe o Kala Patthar 5550m o ponto mais alto da trilha. É ficar por la e passar a noite se possível com a vista do Everest e Lhotse em lua cheia. E no dia 28 começar minha descida de 3 dias até Lukla para no dia 31 pela manhã pegar meu voo para Katmandu. Não devo visitar o campo base do Everest uma porque não tem expedições essa época do ano a outra porque estou cansado de campo base por este ano. E também porque tenho que chegar a Lukla no dia 30 tarde noite para meu voo no outro dia cedo.

 

23/10 - Dia 64 - Caminha muito bonita subimos, mas 300 metros e chegamos ao vale do Gokyo. Uma caminhada não muito difícil com lagos no caminho boas fotos.

Estamos muito próximo ao glaciar maior do Nepal, amanhã devemos cruza-lo em direção ao passo de 5350m que vamos fazer no dia 25 para o vale do Khumbu onde fica o Everest.

A japinha Carol hoje ficou para traz com o Dorge no mesmo lugar e altitude, pois estava com mal da montanha leve e o Manoel preferiu que ela ficasse para poupar este desnível. Devendo subir amanhã para nos encontrar antes de mudar de lodge.

Existem muitos grupos na travessia e por isso as hospedagens não têm sido tão boas para mim. Ontem fiquei em um quanto onde fica os Sherpas hoje um quarto sem janelas. O Manoel com sua amiga pegou um quarto e queria me mandar dividir quarto com os Sherpas nada contra os sherpas, mas eu quero ter um pouco de privacidade, pois afinal estou pagando pelo local onde como e durmo. Mais o Manoel com sua tentativa de conquistar a criança, digo criança porque parece uma menina. Na verdade, é até vergonhoso, pois ele poderia ser até seu avô e ele faz de tudo para que a moça não tenha frio.

Bom mais cada um com seu problema, eu estou muito ansioso querendo que os dias passem logo na verdade já queria que tivesse terminado. Falta pouco logo estarei só e farei meu ritmo de descida para chegar logo a Lukla e pegar meu voo para Katmandu e depois para casa.

 

24/10 - Dia 65 - sai cedo em direção ao Gokyo Ri uma subida de 700m de desnível, com altura de 5.360m em 01h45min até o cume. Neste dia é possível ter uma visão muito privilegiada de todo o maciço do Everest, Lhotse, Nuptse além do Cho Oyo e Makalu.

Do grupo os únicos que subiram foram o Bernardo e o Otavio o resto ficou no meio do caminho.

Depois do almoço atravessamos até nosso local de pernoite nome Dragnag a 4.700m. Amanhã me separo do grupo vou sair, mas tarde.

Antes de sair o Manoel soltou os cachorros na Olivia à mulher não tem jeito mesmo sempre provocando a todos a todo o momento. Eu não vi mais dizem que foi um show.

 

25/10 - Dia 66 - Ontem à noite resolvi sair mais tarde e separar do grupo. Na verdade, sobre um pouco de pressão do Manoel que deveria estar cansado do grupo e de mim também. Sugeriu-me que me adiantasse do grupo me dando dicas do caminho e possíveis trajetos. Na verdade, foi muito bom me distanciar do grupo e estar solo por uns dias. O grupo sai às 6 h e 06h30min enquanto eu dormia em meu saco de dormir bem quentinho. Sai só as 07h30min com muita preguiça não antes de mandar um e-mail para Anita com mi diário.  Logo na saída do vale encontre com o Thel e o Rhindi que desciam, pois o Thel estava com mal de montanha e desistiu do passo. Mesmo saindo tarde consegui chegar ao meu destino Lobuche 4970m com dois dias de diferença do grupo em apenas 7 h de caminhada. O passo Cho La muito bonito mais bem difícil para grupos, pois a altura é de 5350m muita pedra e gelo pelo caminho. Dia foi bem cansativo, mas valeu a pena por toda a beleza do caminho.

 

26/10 - Dia 67 - cheguei ao vilarejo de Gorak Shep 5140m base para quem vem escalar o Everest pelo Nepal estou a 5190 m é também um povoado de lodge que está aqui só para atender os turistas. Para chegar aqui sai às 8h da manhã e em 2.30 h já estava por aqui, mesmo fazendo o caminho que o Manoel falou que era para fazer por ser mais bonito. É uma variante do caminho normal que passa pela base da pirâmide de pesquisa parceria entre França e Nepal. A trilha vai por cima de uma pequena colina onde se pode ver o glaciar durante toda a caminhada. Ao contrário do caminho por baixo que você só vê a Glaciar do Khumbu quanto tem que cruzar a morena que se une entre o glaciar do Pumo ri e o do Khumbu. Cheguei sedo isso é bom porque como tem muita gente e estou só nem sempre é fácil conseguir um quarto. Consegui um bem pequeno que só cabe eu e minha mochila bem apertado, mas tudo bem é só para esta noite. Eu estou sentindo, mas frio acredito que estou, mas magro por isso tenho que me abrigar, mas quando estou caminhando coisa que não acontecia antes. Na parte da tarde subi o Kala Patthar 5550m é uma pequena extensão do Pomo Ri 7165m o lugar tem uma boa vista de todas as montanhas e o do Glaciar do Khumbu o tempo sempre muda na parte da tarde por isso resolvi subir mais cedo. O Manoel sempre sobe para o pôr do sol, mas eu achei que não teria por de sol este dia pelo menos que eu pudesse fotografar. A vista realmente é muito linda e impressionante estar aí. Eu sempre só tinha visto em livros e documentário agora estava aí. O clima não era dos melhores, mais com o tempo em quanto subia as montanhas foram aparecendo.  Estava só pelo frio e a pequena neve que caia só a 5550m em um lugar privilegiado queria muito poder compartir este lugar com minha companheira de aventura que nesta não pode estar. Mas estava aí e pensei muito no longo caminho que fiz para chegar aí e toda a força que ela sempre me deu para poder estar aí. Amanhã começo a voltar para casa e levar um pouquinho de tudo do que vivi e do que senti para contar para ela. Quando baixei alguns subiam, mas com muita pouca probabilidade de ver alguma coisa de pôr de sol infelizmente o clima se fecho e até nevo esta noite. Mesmo com a lua cheia que entre as nuvens tentava mostrar-se. 

Quando desci entrei no restaurante para tomar um Hot Lemon e encontrei o lugar repleto de gente sem possibilidade de poder sentar e tomar o chá tranquilo. Gente de todos os lados do mundo no mesmo espaço físico falando de suas experiências e desafios, grupos grandes.

Sai e voltei para meu quarto com meu chá quente e fiquei descansando, pois não tinha como escrever estava sem bateria para a computador e sem como anotar meu caderno estava em Katmandu.

 

27/10 - Dia 68 - Acordei cedo como todos os dias, não consigo explicar não tenho mais o grupo a quem seguir mais mesmo assim acordo cedo. Na verdade, estranho a minha casa e minha cama. Não tinha um plano definido para minha descida. Era chegar mais próximo de Namche Bazar porque aí tinha internet e um lugar para poder falar com a Anita.

Fui descendo e cada vez que descia encontrava mais gente que subia. Impressionante o número de pessoas que estavam subindo, gente de todas as idades, grupos grandes com até 20 pessoas de todas as partes do mundo muito Japonês e Alemão e outros que não se consegue definirem porque se comunicam em inglês e para mim são todos iguais jajaja.

Termine descendo até me sentir cansado, quase pare em Pangboche por estar cansado mais não tinha lugar para mim em lodge que perguntei. Resolvi seguir até Tengboche 3860m em tempo 7h de caminhada com uma parada para almoço. Até que o velhinho anda bem quando o tema é a descida jajaja

Em Tengboche está um monastério muito visitado, meu plano era visita-lo no dia seguinte, pois estava cansado e queria um banho que fazia 9 dias que não me dava o gosto. Assim que consegui um lodge pedi um banho o lugar era até que bom e tinha uma boa cama e edredom coisa que acho que vou comprar para minha casa, pois é super quentinho. Logo após o banho uma siesta merecida para recuperar da caminhada. Só sai da cama forçado para comer as 18h porque não tinha outra.

Após a cena como a cama era boa fiz algo para tentar dormir mais profundo e funciono.

 

28/10 - Dia 69 - Como a noite foi boa apesar da pequena gripe que surgiu após o banho. Não sai da cama cedo fiquei enrolando até as 7.30h só ai fui tomar café. Logo após o café fui fazer uma visita ao monastério para conhecer o templo. Havia muitos turistas para variar e não foi muito fácil tirar boas fotos, mas me esforço. Depois de a visita arrumar as coisas e partir com destino definido Namche Bazar 3h de caminhada lugar já conhecido a partir de Namche estaria voltando pelo mesmo caminho da ida. O dia estava aberto e foi possível também fazer boas fotos do Ama Dablan (Amuleto da Mãe) por um serac gigante que tem pendurado próximo ao cume. A trilha começa com uma descida de 300 metros até o rio e depois adivinha uma subida de 350 metros, na descida encontre ao Ringhi que junto com um sherpa estava subindo para buscar alguém que não estava bem e deveria estar baixando. Ele não soube me dizer o nome, mas acredito que fosse a Rox amiga de Manoel, pois encontrei com ela e o Mani esperando  o grupo que havia ido visitar a pirâmide de pesquisa dos franceses e nepalês a um dia atrás ela estava vomitando a 4900m e subindo para 5190m. Espero quem quer que seja esteja bem. Ao chegar ao Namche Bazar encontrei com o Thel o senhor de 65 anos que teve que descer pela altitude. Me diz que se sente melhor mais que deveria descer mais pois estava com um edema de pulmão. Ela é médico psiquiatra e entende o seu problema também tinha passado pelo hospital local para fazer um checape, o problema é que eles aqui não têm um Raio X para ver a gravidade do caso. Mas já se sentia melhor e durante o jantar até tomamos uma cervejinha juntos.

Neste dia consegui falar com a Anita foi bom escutar sua voz e sua motivação por minha chegada. E bom saber que alguém está te esperando com saudades.

Neste dia consegui sai e tomar um café como uno merece!

 

29/10 - Dia 70 - Conseguir falar um pouquinho com a Anita antes de sair às 9h destino desconhecido, não sabia onde ficaria tudo ia depender do meu desempenho na descida que já era conhecida. Resolvi só almoçar no mesmo lugar que tinha comido na ida Phakding 2610m que era próximo ao rio e aí tomar a decisão de onde para dependendo do horário.  Logo após o almoço resolvi tocar direto para Lukla para evitar ter que desfazer e refazer a mochila para o próximo dia. Cheguei a Lukla 2860m as 16.30h fui ao mesmo logde que tomamos o café da manhã no dia da chegada próximo ao aeroporto, mais os quartos mais baratos estavam já lotados a moça me ofereceu um de 15 dólares que eu a princípio recusei, mais depois de pensar uns segundo são 30 reais e pensei depois de tudo que caminhei até aqui vou economizar em 30 reais. Que misere diria o Gilson. Logo ela mesma me fez um desconto e terminei ficando com o quarto, quando cheguei ao quarto não podia crer tinha privada com tampa e tudo além do mais tinha banho com água quente. Fiquei contente como criança que ganha doce.  Fiquei na ducha durante uns 20 minutos para tirar todo o tempo perdido no trekking. Logo após me atirei na cama e me tapei até a cabeça como sempre me dia Anita. Só levantei para comer as 18.30h porque não tem como comer mais tarde nestas terras altas do Nepal. No restaurante encontrei com um casal de Minas Gerais que já iam também de partida no dia seguinte, conversei com eles um pouco e logo cama.

 

30/10 - Dia 71 - Dia de marasmo sai da cama quando já o sol estava forte. Fui tomar um café e negociar a possibilidade de ficar com o mesmo quarto. Ganhei mais um desconto e isso me motivo a sair pela pequena Namche a buscar algumas coisas que queria comprar.

Como estava conhecendo o vilarejo aproveite para conhecer uma barbearia local e cortei o cabelo e fiz a barba, de passado o barbeiro me ofereceu uma massagem no pequeno espaço que ele tem de frente para a rua na cadeira de barbeiro mesmo. Foi muito engraçado e claro que a massagem que ele me fez de 2 mim tinha preço mais só descobri depois. jajajaja

Basicamente era só para não ficar parado no hotel. O real objetivo do dia é descansar do trekking de todos os dias anteriores e também curar essa pequena gripe que está me perseguindo.

Estou em busca de meu ticket para poder voar amanhã cedo a Katmandu. Como meu inglês não é tão bom estou me esforçando para que isso esteja na minha mão o mais rápido possível para não ter contratempos no meu embarque. O Manoel e o agente local me confirmaram mais sabe como é que é. Melhor garantir do que remediar.

O resto do dia fiquei na cama entre que dormindo e escutando música no computador e atualizando meu diário que estava atrasado.

 

31/10 - Dia 72 - Voo para Katmandu.

 

01/11 - Dia 73 - Passeio pelo thamel em Katmandu

 

02/11 - Dia 74 - Chegada a Buenos Aires e saída para comer um bife de chorizo e tomar um vinito. Que rico!!!

 

03/10 - Dia 75 - Resumo geral de toda a experiencia. 

 

 

 

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